Homem morre depois de ameaçar policiais militares com faca em MG

Suspeito mantinha mulher e filha em cárcere privado e cometia abusos sexuais

Por Plox

06/06/2024 16h14 - Atualizado há 3 meses

Um homem de 47 anos foi morto com quatro tiros disparados por policiais militares após resistir à prisão em Nova Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Corregedoria foi acionada para investigar o ocorrido.

Foto: Reprodução/Pixabay 

Intervenção policial
A PM foi acionada para atender a uma denúncia de cárcere privado feita por uma mulher de 42 anos, que relatou que sua irmã era mantida em cativeiro pelo marido. Ao chegarem à residência localizada na Rua VL-26, número 410, os policiais foram recebidos pela mulher, que aproveitou a ausência momentânea do marido para pedir ajuda. A filha do casal, atualmente com 20 anos, também se aproximou correndo.

Os policiais entraram na casa e foram até a cozinha, onde foram surpreendidos pelo homem armado com uma faca, que proferiu ameaças: "Vou matar todo mundo". Diante da recusa do suspeito em largar a arma e sua investida contra os policiais, eles dispararam quatro vezes. O homem foi socorrido e levado para a UPA Vargem das Flores, onde não resistiu aos ferimentos.

Relatos de abusos e ameaças
A esposa do suspeito revelou aos policiais que sofria tortura psicológica desde o namoro, e que após o casamento passou a ser agredida fisicamente e mantida em cárcere privado. Ela relatou que o marido ameaçava matar a filha caso ela tentasse se separar ou resistisse a manter relações sexuais com ele. A mulher descreveu: “Não queria manter relações com ele, queria separar, mas ele sempre me ameaçava, dizendo que mataria nossa filha e que só sairia da casa morto. A gente estava dormindo em quartos separados e ele, sempre, me mandava mensagens, exigindo que fosse até o quarto dele, para mantermos relações sexuais”.

A situação se agravou quando a filha contou à mãe que o pai a estuprava desde os 11 anos, mantendo-a em silêncio com constantes ameaças. Após essa revelação, no último dia 24 de maio, a jovem foi até uma delegacia para denunciar o pai. Quatro dias depois, acompanhada da filha, a mulher também foi à delegacia para solicitar uma medida protetiva, que foi emitida, mas ainda não havia sido entregue ao homem.

Investigação em andamento
O caso está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Militar para apurar a conduta dos policiais envolvidos na ação. A tragédia revela um cenário de violência doméstica e abusos sexuais prolongados, destacando a importância da proteção às vítimas e da ação rápida das autoridades em situações de risco.

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