Pedro Belga lidera batalha pela preservação da Baía de Guanabara

Criador da ONG Guardiões do Mar, Pedro Belga lidera projetos ambientais e sociais, transformando a relação com a natureza e a comunidade.

Por Plox

06/06/2024 10h24 - Atualizado há 3 meses

Pedro Belga, de 60 anos, demonstra seu amor pela Baía de Guanabara não apenas em palavras, mas através de ações concretas. Fundador da ONG Guardiões do Mar em 1998, Pedro vem dedicando sua vida à preservação e recuperação da baía, um dos mais importantes ecossistemas do Estado do Rio de Janeiro.

“Eu não poderia fazer outra coisa da minha vida a não ser cuidar da Baía de Guanabara e das pessoas que vivem nela e dela”, afirma Pedro, que cresceu em Niterói e teve sua paixão pelo mar despertada ao ver um boto pela primeira vez.

 

Conservação e restauração dos manguezais

Inicialmente focada no combate ao lixo costeiro, a ONG expandiu sua atuação ao longo dos anos. Em 2012, o Projeto Uçá foi criado para a conservação dos manguezais, especialmente na Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim. A iniciativa envolve pescadores artesanais, catadores de caranguejos, quilombolas e agricultores familiares na restauração e gestão dos manguezais.

“Passamos a restaurar manguezais, envolvendo os povos tradicionais em toda essa parte de cocriação e de gestão dos projetos”, explica Pedro. A Guardiões do Mar já restaurou mais de 42 hectares de manguezais, plantou 126 mil mudas de mangue e retirou 63 toneladas de lixo.

 

Recuperação do mangue do caju

A Águas do Rio, responsável pelo abastecimento de água e esgoto em 27 cidades do Rio de Janeiro, colabora com a recuperação do mangue do Caju. Em parceria com o biólogo Mário Moscatelli, o projeto plantou 13,5 mil mudas de mangue-vermelho na Estação de Tratamento de Esgoto Alegria, na Zona Norte do Rio.

“O mangue, além de fonte de sustento das famílias que vivem da pesca, é reconhecido como berçário da vida marinha”, destaca Caroline Lopes, gerente de Meio Ambiente da Águas do Rio. A iniciativa limpou mais de 120 toneladas de resíduos da área, plantando as mudas em 8,2 hectares, o equivalente a oito campos do Maracanã.

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