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Um mês após o trágico assassinato da adolescente Melissa Campos dentro de uma sala de aula, a cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro, se prepara para uma homenagem marcada pela fé e pelo silêncio. Neste domingo, 8 de junho, será realizada uma caminhada especial para lembrar a jovem, vítima de um ataque brutal que comoveu todo o país.
Foto: Redes Sociais A Caminhada em Homenagem à Melissa, promovida pela Igreja Presbiteriana de Uberaba — onde a adolescente frequentava —, está programada para começar às 9h. O trajeto partirá da Avenida Nenê Sabino e seguirá pela Avenida da Saudade, Rua Jaime Bilharinho e Rua Ricardo Misson, com encerramento na sede da igreja. Ao final do percurso, será realizado um culto em memória da estudante.
Os participantes foram convocados a se reunir às 8h em frente ao Colégio Livre Aprender, no Bairro Universitário — local do crime. A orientação da organização é que todos usem camisetas brancas e não levem cartazes ou faixas. Segundo a igreja, qualquer material será disponibilizado pelos organizadores.
“Queremos colocar em evidência os valores vivenciados pela Melissa, (...) menina doce, meiga, cheia de fé”
Melissa, aluna do 9º ano, foi morta no dia 8 de maio com um golpe de faca no peito, desferido dentro da sala de aula. Após o ataque, o principal suspeito fugiu por um campo nos fundos da escola e foi localizado na AMG-2595, conhecida como Filomena Cartafina. Outro adolescente, também de 14 anos, foi apreendido ainda naquela noite. Ambos estão internados em centro socioeducativo em Araxá e respondem por ato infracional análogo a homicídio triplamente qualificado.
O promotor André Tuma informou que a motivação identificada foi inveja. A vítima era conhecida por acolher novos colegas, o que teria incomodado os suspeitos. Um dos adolescentes, ao ser detido, teria dito que Melissa simbolizava uma alegria que ele próprio não tinha.
Contudo, a versão oficial não convenceu a família da jovem. Em nota divulgada no dia 20 de maio, os parentes da vítima criticaram a ausência de enquadramento do crime como feminicídio e misoginia. Para eles, não se tratou apenas de inveja, mas de um ato de ódio contra uma menina feliz e admirada.
“Quando a felicidade de uma mulher é suficiente para suscitar tamanho ódio a um homem, não há como negar o envolvimento de misoginia”
A adolescente era filha de um dos coordenadores pedagógicos do Colégio Livre Aprender. Após o ataque, um professor — estudante de medicina — prestou os primeiros socorros antes da chegada do Samu. Apesar dos esforços para reanimá-la, Melissa não resistiu. As aulas na escola foram retomadas em 19 de maio.
Neste domingo, as ruas de Uberaba serão palco de um ato que mistura dor, saudade e esperança. Em silêncio e oração, a comunidade se unirá para eternizar o nome e o legado de Melissa Campos.