Bolsonaro diz que não tratou com Eduardo sobre sanções dos EUA

Em depoimento à PF, ex-presidente afirmou que ações do filho são independentes e negou qualquer influência sobre movimentações nos Estados Unidos

Por Plox

06/06/2025 11h04 - Atualizado há 3 dias

O ex-presidente Jair Bolsonaro declarou à Polícia Federal, nesta quinta-feira (5), que não teve qualquer participação ou conhecimento prévio das articulações feitas por seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), relacionadas às possíveis sanções dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.


Imagem Foto: Agência Brasil


Durante o depoimento, Bolsonaro assegurou que nunca conversou com Eduardo ou com representantes do governo americano sobre medidas contra membros do Supremo Tribunal Federal (STF), da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele também garantiu que não entregou nenhum tipo de dossiê ou documentação ao filho contendo informações ou decisões do STF.



Ao ser questionado sobre as ações de Eduardo nos Estados Unidos, Bolsonaro afirmou que o parlamentar atua de maneira autônoma e que suas movimentações são conduzidas de forma independente. $&&$“As ações do deputado são independentes e realizadas por conta própria”$, reforçou. Ele negou qualquer orientação ou apoio relacionado às supostas ações de lobby internacional.Além disso, o ex-presidente ressaltou que Eduardo não informa com quem se encontra durante sua permanência em território norte-americano. Ao final da oitiva, Bolsonaro solicitou incluir em sua declaração que, em sua avaliação,
“os Estados Unidos não aplicariam sanções por lobby de terceiros”

.


A investigação que motivou o depoimento foi aberta por determinação do ministro Alexandre de Moraes, atendendo a um pedido da PGR. O inquérito tem como alvo a atuação de Eduardo Bolsonaro em solo norte-americano, onde ele estaria tentando influenciar o governo dos EUA a adotar medidas contra autoridades brasileiras.


A Procuradoria-Geral da República suspeita que o deputado esteja promovendo uma campanha com intenções de intimidação e perseguição, especialmente contra membros do STF, da PGR e da PF que atuam em processos e investigações relacionados a Jair Bolsonaro e seus aliados diretos.



O caso segue sob análise da PF e do Supremo, com desdobramentos que podem alcançar outras figuras do cenário político nacional, dependendo dos próximos passos da investigação.


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