Chega a BH musical que homenageia a primeira bailarina negra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Montagem protagonizada por Ivanna Cruz celebra a vida e legado de Mercedes Baptista com apresentações no Palácio das Artes e em comunidades quilombolas de Minas
Por Plox
06/06/2025 13h19 - Atualizado há 2 dias
A força e a trajetória pioneira de Mercedes Baptista, primeira bailarina negra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, ganham vida no palco com o espetáculo “Mão na barra, pé no terreiro, a vida e a dança de Mercedes Baptista”.

A peça, protagonizada pela bailarina e atriz Ivanna Cruz, estará em cartaz neste fim de semana no Teatro João Ceschiatti, localizado no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. As apresentações acontecem nesta sexta (6) e sábado (7), às 20h, e no domingo (8), às 19h. Com duração de 80 minutos, o espetáculo tem classificação livre e ingressos disponíveis por R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia), à venda na bilheteria do teatro e na plataforma Sympla.
Além da temporada na capital mineira, a produção se estende a comunidades quilombolas entre os dias 10 e 12 de junho, com apresentações gratuitas. No dia 9, o espetáculo será encenado na Comunidade Quilombola dos Arturos, em Contagem, na Escola Municipal Walter Lopes, às 9h30. Já no dia 10, chega ao Quilombo Vila Santa Efigênia e Adjacências — abrangendo as comunidades de Engenho Queimado, Embaúbas e Castro, em Mariana — com sessão às 13h na Escola Estadual Monsenhor Morais.
No dia 11, será a vez do Quilombo Mangueiras, localizado no bairro Novo Airão Reis, em Belo Horizonte, que receberá a montagem às 18h. Por fim, no dia 12, a apresentação acontece no Quilombo dos Moreiras, na cidade de Rio Espera, às 17h.
A obra tem direção artística de Luiz Antônio Rocha, que também assina o texto junto de Ivanna Cruz e Pedro Sá Moraes. No elenco, além de Ivanna, estão as atrizes e musicistas Geiza Carvalho e Lelê Benson. As coreografias são de Diego Rosa, os figurinos e a cenografia ficam por conta de Eduardo Albini, e a iluminação é assinada por Ricardo Fujii.
Com uma equipe técnica composta majoritariamente por profissionais negros — superando 90% do total —, o espetáculo propõe um resgate cultural ao destacar o legado de Mercedes Baptista, que foi também criadora do balé afro-brasileiro, desenvolvendo uma codificação própria baseada nas danças de terreiros de candomblé.
A montagem busca não apenas relembrar a importância histórica de Mercedes, mas também ecoar sua contribuição para a dança e identidade afro-brasileira, promovendo representatividade e arte nos palcos e nas comunidades.