Tecnologia avança com robôs que fazem entregas sem pausas, testados pela Amazon
Humanoides já enfrentam obstáculos reais nos EUA e podem mudar a logística do e-commerce mundial
Por Plox
06/06/2025 14h26 - Atualizado há 1 dia
A Amazon iniciou uma nova fase em sua estratégia logística com testes de robôs humanoides que realizam entregas porta a porta, sem pausas e sem qualquer necessidade fisiológica — como ironizou o site Gizmodo, 'sem precisar ir ao banheiro'.

Esses testes acontecem em um centro localizado em San Francisco, batizado informalmente de “parque humanoide”. O espaço simula obstáculos do mundo real, como rampas, escadas, calçadas desniveladas e elementos inesperados, para preparar os robôs para enfrentar desafios urbanos com eficiência.
Após serem transportados por vans elétricas da Rivian — já utilizadas em entregas nos Estados Unidos —, os robôs descem dos veículos e percorrem as calçadas até alcançar a porta dos destinatários. A cena, digna de filmes futuristas, já é parte da rotina experimental da empresa.
Fabricados por companhias como Agility Robotics e Unitree, os robôs ganham vida com softwares desenvolvidos pela própria Amazon. O objetivo é que tenham total autonomia para lidar com imprevistos durante as entregas, como obstáculos físicos e variações do ambiente urbano.
A gigante do e-commerce afirma que os robôs não vão substituir trabalhadores humanos, mas sim atuar de forma complementar. No entanto, sindicatos e especialistas alertam para o risco de eliminação de empregos, principalmente nas funções mais repetitivas e fisicamente exigentes.
Apesar do avanço tecnológico, os robôs ainda enfrentam dificuldades com ambientes imprevisíveis — como crianças brincando ou animais de estimação soltos. Esses fatores ainda representam um desafio crucial para a adoção em larga escala da tecnologia.
No momento, os testes estão em estágio inicial, mas a empresa já anunciou planos ambiciosos: até 2030, a frota de vans elétricas deve alcançar 100 mil veículos, abrindo caminho para a expansão global dos entregadores robóticos, caso os testes tenham sucesso.