Quase 13 mil demissões em Ipatinga

Já são 5.069 postos de trabalho a menos na cidade após os cinco primeiros meses de 2020

Por Plox

06/07/2020 15h01 - Atualizado há quase 4 anos

As empresas em Ipatinga diminuíram em 5.069 o número de seus funcionários, com o comércio e a prestação de serviços batendo recorde negativo: já são 1.998 postos de trabalho a menos nos dois segmentos. No total, incluídas outras atividades econômicas, foram 12.962 desligamentos de janeiro a maio e outros 7.893 trabalhadores admitidos no mesmo período. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). 

Comércio Ipatinga - Foto Emmanuel Franco (6)Foto: Emmanuel Franco / Divulgação
 

“Em janeiro, tradicionalmente, muitos empregados são mandados embora por terem sido contratados temporariamente para o Natal. No entanto, já no final de março, início de abril, são criados novos postos de trabalho em razão de as empresas precisarem reforçar suas equipes para o Dia das Mães, o que, infelizmente, não aconteceu esse ano por conta dos impactos provocados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19)”, analisa José Maria Facundes, presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços (Sindcomércio) do Vale do Aço.

Enquanto o comércio e a prestação de serviços de Ipatinga registraram saldo negativo de 1.998 empregos nos cinco primeiros meses do ano, a construção civil foi outro segmento afetado, com 1.597 trabalhadores a menos no setor. Já a indústria apontou uma diminuição de 1.466 postos de trabalho, enquanto a agropecuária foi responsável pelo fechamento de oito vagas formais. 

Comércio Ipatinga - Foto Emmanuel Franco (8)Foto: Emmanuel Franco / Divulgação
 

O presidente do Sindcomércio lembra que, de janeiro a maio de 2019, o saldo de demissões/admissões ficou positivo em 2019. “O fato de termos 5.069 pessoas empregadas a menos após os 5 primeiros meses de 2020 representa uma ampliação de 2.414% na deterioração dos postos de trabalho, quando os números são   comparados ao mesmo período do ano passado”, revela o dirigente sindical. 

“Quando considerada a população ocupada, ou seja, aquelas pessoas que trabalhavam com carteira assinada, podemos considerar que um a cada seis empregados foram demitidos em Ipatinga nos primeiros 5 meses de 2020”, complementa Facundes. 

Outra realidade

As outras duas principais cidades do Vale do Aço vivem realidade diferente. Em Timóteo, também de janeiro a maio, o saldo de demissões/admissões está negativo em 464: 2.284 desligamentos contra 1.820 demissões. O comércio da cidade foi responsável pelo fechamento de 157 vagas, enquanto a construção civil demitiu 289 trabalhadores a mais do que admitiu. Na indústria, o saldo negativo é de 89, enquanto a prestação de serviços foi o único setor responsável pelo saldo positivo de vagas formais: 71. 

Já em Coronel Fabriciano, as admissões (2.249) e desligamentos (2.564) até maio geraram um saldo negativo de 315 postos de trabalho. Mais uma vez, o comércio e a prestação de serviços foram os mais afetados, demitindo 149 trabalhadores a mais do que admitindo. A construção civil foi responsável pelo fechamento de 126 vagas na cidade. A indústria, por sua vez, registrou saldo negativo de 42 postos de trabalho. Na agropecuária, houve saldo positivo de duas novas vagas formais. 
 

Destaques