Quase agressão física: Desentendimento entre Deputados após acusações mútuas

Na sessão de quarta-feira (5/7) na Câmara dos Deputados, um acirrado desentendimento entre os deputados Paulo Guedes (PT-MG) e Gilvan da Federal (PL-ES) quase culminou em agressão física. A tensão começou quando Gilvan da Federal, do PL, se posicionou de maneira crítica em relação à proposta de reforma tributária, sugerindo que a medida sufocaria estados e municípios, já em dificuldade. Suas palavras foram além, desferindo insultos aos eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Gilvan da Federal, de maneira incisiva, afirmou: "Essa reforma tributária vai sufocar os estados e os municípios, que já estão pedindo socorro. Só a cesta básica irá aumentar uma média de 60%. Para quem prometeu picanha e cerveja... E você, otário, que fez o 'L' e acreditou nessa picanha e nessa cerveja. Se, hoje, aqui, a Câmara do Deputados não rejeitar esse absurdo, você vai se ferrar".

A Reforma Tributária como estopim da discórdia

Após as palavras de Gilvan, o deputado Paulo Guedes (PT-MG) retrucou. Em defesa da reforma tributária, ele repudiou as afirmações de Gilvan, classificando-as como mentirosas e expressões de ódio. De acordo com Guedes, a necessidade de uma reforma tributária no Brasil é conhecida por todos e as críticas de Gilvan indicavam a defesa de um sistema que beneficiaria uma pequena parcela da população: banqueiros e proprietários de latifúndios.

"Nós precisamos, sim, de uma reforma tributária. Ele está defendendo aqui a 'bolsa-banqueiro'. Quem não quer reforma quer manter o sistema que está aí, que beneficia meia dúzia de banqueiros, meia dúzia de latifúndios", declarou Guedes.

Guedes também criticou o uso de uma bandeira do Brasil por Gilvan, afirmando que isso seria uma tentativa de enganar o povo brasileiro. Ele ainda defendeu a figura do presidente Lula, salientando sua responsabilidade e os programas que implementou durante seu mandato. Em tom de repúdio à atitude de Gilvan, Paulo Guedes finalizou: "Deputado, V.Exa. precisa se enrolar em uma bandeira para enganar as pessoas. Seja brasileiro! Seja homem, rapaz! Seja homem! Seja brasileiro! Isso é covarde!"

A confusão gerada no plenário exigiu a intervenção de outros parlamentares para acalmar os ânimos e evitar uma possível escalada de violência.