Reforma tributária causa divergências no PL: Governador Tarcísio de Freitas escoltado após reunião

Tarcísio de Freitas buscava persuadir os líderes partidários a permitir que os membros do PL tivessem liberdade para votar na proposta de reforma

Por Plox

06/07/2023 17h16 - Atualizado há mais de 1 ano

Em um evento agitado ocorrido na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (6/7), o Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afiliado ao Republicanos e ex-ministro da infraestrutura no governo de Jair Bolsonaro, teve que ser escoltado para fora de uma reunião do Partido Liberal (PL) sobre a reforma tributária. Tarcísio de Freitas buscava persuadir os líderes partidários a permitir que os membros do PL tivessem liberdade para votar na proposta de reforma.

 

Foto: José Cruz/Agência Brasil/Reprodução

Ainda assim, suas intenções de apoiar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/19, somadas à sua reunião com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), causaram descontentamento entre as lideranças do PL, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo informações da GloboNews. Alguns deputados mais radicais chegaram a interromper a reunião, enquanto outros manifestaram a intenção de votar contra o que classificaram como a "reforma do PT".

Bolsonaro e a reforma tributária: uma disputa partidária

A resistência à reforma foi liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que afirmou que o PL, que comanda a maior bancada na Câmara com 99 deputados, seria contra as alterações propostas para o sistema tributário brasileiro. No entanto, essa postura de negação à reforma já não parece ser unanimidade entre os membros do partido.

Ainda na quinta-feira, após intensas negociações com governadores e parlamentares, havia a expectativa de que a reforma fosse aprovada em primeiro turno. Por sua vez, Tarcísio de Freitas afirmou que o Republicanos está plenamente de acordo com a aprovação da reforma. Em suas palavras, "Estamos convictos com aquilo que a reforma está trazendo, com a simplificação que vai proporcionar o crescimento de empresas à geração de empregos. Vamos para frente que o Brasil vai ganhar".

Esse otimismo em torno da reforma surge em meio à liberação de recursos pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Curiosamente, o PL aparece como um dos partidos que mais se beneficiariam dessa liberação de recursos.

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