Alckmin elogia Moraes e defende papel pacífico do Brasil no Brics
Vice-presidente destaca sabedoria do ministro do STF sobre IOF e reitera compromisso com paz e desenvolvimento durante o Fórum Empresarial do Brics
Por Plox
06/07/2025 11h56 - Atualizado há 1 dia
Durante o Fórum Empresarial do Brics, realizado no Pier Mauá, no Rio de Janeiro, neste sábado (5), o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, reforçou a imagem do Brasil como uma nação comprometida com a paz e o progresso. Em sua fala, destacou que o papel do país no bloco é promover o desenvolvimento econômico e incentivar melhores relações internacionais.

Ao lado do ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Sidônio Palmeira, Alckmin lamentou os crescentes gastos globais com armamentos em contraste com a persistência da fome e da miséria.
\"O presidente Lula lamenta os investimentos recordes com armamento e guerra enquanto há fome e miséria no mundo\", afirmou o vice-presidente.
Questionado sobre a recente entrada da Colômbia e do Usbequistão no Banco do Brics, Alckmin declarou que a ampliação é uma decisão interna da instituição, mas elogiou a diversidade, afirmando que ela favorece a complementaridade econômica e fortalece a inovação industrial e o comércio exterior. Com essas adesões, o número de membros do banco multilateral subiu para onze.
O Brics, fundado por Brasil, Rússia, Índia e China, e mais tarde ampliado com a inclusão da África do Sul, recebeu nos últimos anos novos membros como Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã. A Arábia Saudita tem participado das reuniões, mas ainda não formalizou sua adesão ao grupo. Como país anfitrião em 2025, o Brasil também convidou Belarus, Bolívia, Cuba, Nigéria, Cazaquistão, Malásia, Tailândia, Uganda e Usbequistão para sessões ampliadas de debate.
Em meio às discussões políticas e econômicas do evento, Alckmin também comentou a recente decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que suspendeu decretos do governo envolvendo o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ele considerou a atitude como um gesto de sabedoria, ainda que tenha ressaltado a importância do diálogo entre os poderes.
\"O Supremo interpreta a Constituição e nós entendemos que os decretos são atribuição do Executivo. Mas o caminho é do diálogo. Vamos aguardar o dia 15. Estamos otimistas\", afirmou.
O tema tem gerado tensão entre Executivo e Legislativo, e uma audiência de conciliação foi marcada para o dia 15 de julho no plenário do STF em Brasília. O vice-presidente deixou claro que o governo mantém uma postura de diálogo e acredita em uma solução harmoniosa para o impasse institucional.