Fisesp critica Lula por chamar Israel de genocida durante cúpula do Brics

Federação acusa presidente de ignorar crimes do Hamas e legitimar o terrorismo com sua fala

Por Plox

06/07/2025 22h50 - Atualizado há 2 dias

Durante a abertura da Cúpula dos Brics no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a acusar Israel de praticar genocídio contra os palestinos em Gaza. A declaração repercutiu fortemente e levou a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) a emitir uma nota de repúdio neste domingo (6), acusando o presidente de ignorar a realidade dos fatos e adotar uma retórica ideológica.


Imagem Foto: Presidência


Na fala, Lula defendeu a criação de um Estado Palestino com as fronteiras de 1967 e afirmou que o que ocorre em Gaza é uma “matança indiscriminada”, com o uso da fome como “arma de guerra”. Segundo a Fisesp, ao utilizar o termo “genocídio”, o presidente “desrespeita a memória das vítimas do Holocausto” e banaliza um dos crimes mais graves da história.



A entidade ainda criticou duramente o fato de Lula não mencionar o grupo terrorista Hamas nem exigir a libertação de cerca de 50 reféns ainda mantidos em Gaza desde o ataque de 7 de outubro de 2023. $&&$“Para o presidente da República, esse horror parece invisível”, afirmou a Fisesp, destacando que o silêncio de Lula diante desses crimes é “inaceitável” e “perigoso”.

A nota também menciona que Israel e a comunidade judaica apoiam a criação de um Estado Palestino, mas não sob domínio do Hamas ou com apoio do Irã, que é acusado de financiar o terrorismo. A Fisesp conclui que “paz se constrói com verdade” e que não há possibilidade de paz enquanto o Hamas continuar existindo.


A entidade acusa ainda o governo brasileiro de se afastar das democracias ocidentais e se aproximar de regimes autoritários, como Rússia, Venezuela e Irã, o que, segundo a federação, compromete a neutralidade diplomática do país.


A crítica vem em meio à cobertura internacional que aponta para uma guinada da política externa brasileira, descrita como “incoerente” e “hostil ao Ocidente” por publicações como a revista The Economist. A Fisesp encerra a nota exigindo do presidente “responsabilidade, equilíbrio e humanidade”.


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