Jaques Wagner afirma que Lula está pronto para 2026 e relembra bastidores do impeachment de Dilma

Senador destaca vigor de Lula e reflete sobre os erros e pressões enfrentados durante o governo Dilma Rousseff

Por Plox

06/07/2025 13h39 - Atualizado há cerca de 8 horas

Durante uma entrevista concedida no gabinete da Liderança do Governo no Senado, o senador Jaques Wagner, líder do governo, compartilhou suas impressões sobre o cenário político atual e relembrou momentos cruciais da história recente do Brasil.


Imagem Foto: Agência Brasil


Ao ser questionado sobre a possibilidade de Luiz Inácio Lula da Silva concorrer à presidência em 2026, Wagner foi enfático ao afirmar que vê o presidente atual em plena forma para disputar um novo mandato. Ele mencionou que frequentemente se encontra com Lula nas primeiras horas da manhã para sessões de ginástica, onde observa sua disposição e vigor. Para Wagner, Lula está \"inteiríssimo\" e é, atualmente, o nome mais forte do campo progressista.



No entanto, o senador reconhece que, caso Lula decida não concorrer, será necessário apresentar outro nome de peso dentro do campo progressista. Ele destaca a importância de ouvir diretamente do presidente suas intenções futuras, sugerindo que uma decisão oficial sobre a candidatura deve ser anunciada até abril do próximo ano.


Ao relembrar os eventos que culminaram no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Wagner expressou a opinião de que a oposição aproveitou um momento de baixa popularidade e dificuldades econômicas para promover o afastamento da presidente eleita legitimamente. Ele compartilhou detalhes de suas conversas com o então vice-presidente Michel Temer, que inicialmente demonstrou relutância em assumir o cargo, mas acabou cedendo às pressões políticas.



Wagner também abordou a tentativa de nomear Lula como ministro da Casa Civil durante o governo Dilma. Ele acredita que, se Lula tivesse assumido o cargo, poderia ter revertido a situação política desfavorável, graças à sua habilidade de diálogo e respeito entre os parlamentares. No entanto, a nomeação foi barrada pelo Supremo Tribunal Federal, sob a alegação de que Lula buscava foro privilegiado, o que Wagner nega veementemente.


O senador refletiu sobre os erros estratégicos cometidos durante o período, especialmente na relação com o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Apesar dos esforços para manter acordos e diálogos, Wagner admite que a ânsia pelo poder e o estilo mais rígido de Dilma contribuíram para o desfecho negativo.



Por fim, Wagner comentou sobre a trajetória do Partido dos Trabalhadores (PT), reconhecendo que, ao longo do tempo, o partido se contaminou com a lógica da sobrevivência eleitoral. Ele enfatiza que o caráter de um indivíduo não é definido pelo partido ao qual pertence, mas sim por seu próprio código de ética. Segundo ele, o PT, assim como outros partidos, enfrentou desafios ao lidar com a disputa por cargos e o sistema político vigente.


\"Sinceramente, pela minha constatação, ele está inteiríssimo para ser candidato.\"

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