Lula vota em eleição do PT durante Cúpula do Brics no Rio

Durante sua estadia no Rio de Janeiro para a 17ª Cúpula dos Brics, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da eleição interna do Partido dos Trabalhadores (PT) neste domingo (6). Para garantir sua participação, uma urna foi levada até o hotel onde está hospedado.

O Processo de Eleição Direta (PED) mobiliza cerca de 3 milhões de filiados em todo o país, que escolherão as novas direções municipais, estaduais e nacional da sigla para os próximos quatro anos. A votação ocorre até as 17h, com expectativa de divulgação dos resultados a partir da segunda-feira (7).

Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP) e ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social, é o candidato apoiado por Lula para a presidência nacional do PT. Ele também conta com o respaldo de figuras influentes do partido, como Gleisi Hoffmann, Fernando Haddad e José Dirceu. Edinho enfrentará outros três candidatos: Rui Falcão, deputado federal por São Paulo e ex-presidente do partido; Romênio Pereira, secretário de Relações Internacionais; e Valter Pomar, historiador.

Em Minas Gerais, a eleição foi adiada devido a uma decisão judicial que restabeleceu a candidatura da deputada federal Dandara à presidência estadual da legenda. A Justiça determinou a inclusão de seu nome nas cédulas, o que não foi possível a tempo. Uma reunião do diretório nacional está marcada para terça-feira (8) para discutir o caso.

Nos estados, a disputa também é intensa. No Paraná, Gleisi Hoffmann apoia o atual presidente do PT-PR, Arilson Chiorato, enquanto Zeca Dirceu, filho de José Dirceu, também concorre. No Espírito Santo, a disputa é entre Jack Rocha e João Cóser, apoiado por Iriny Lopes. Na Bahia, Rui Costa apoia Jonas Paulo, enquanto Jaques Wagner apoia Tássio Brito. No Rio de Janeiro, a disputa é entre o deputado federal Reimont e Diego Zeidan, filho do prefeito de Maricá, Washington Quaquá.

Edinho Silva destacou a importância da eleição para o futuro do partido:

\"Estamos diante de uma eleição fundamental para organizar o partido e projetar as vitórias que queremos em 2026. Precisamos de unidade e visão de futuro\"

. A eleição também é vista como uma prévia das disputas por candidaturas na eleição geral de 2026, incluindo o Senado Federal e alianças com outros partidos.

A eleição marca o retorno do PT ao formato de escolha direta com votos dos filiados após 12 anos. O partido utilizará cédulas de papel, já que apenas 16 estados autorizaram o uso de urnas eletrônicas. O resultado final deve ser divulgado ao longo da semana.