Várias postagens de manifestação do deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), apoiador do presidente Jair Bolsonaro, serão removidas das redes sociais. A decisão de um juiz de São Paulo contempla o pedido em Ação movida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Em seu despacho, Guilherme Madeira Dezem, da 44ª Vara Cível de São Paulo, determinou a exclusão dos links com as postagens do deputado, caso contrário será aplicada multa de R$ 50 mil.
Nos vídeos postados, o deputado Otoni faz duras críticas ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes. O parlamentar chegou a chamar o ministro de "lixo", "tirano" e "canalha", entre outros adjetivos pejorativos.
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Recentemente, outros apoiadores do presidente Bolsonaro, também à pedido do ministro do STF, tiveram suas postagens removidas e até mesmo o cancelamento de suas contas nas redes sociais.
Entre os alvos do ministro Moraes estão os empresários Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, e Edgard Corona, das academias BioRitmo e Smartfit, Edson Salomão, do Movimento Conservador.
Também foi alvo do STF, por causa de pastagens nas redes sociais, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente do PTB.
A líder do movimento 300 do Brasil, Sara Winter, que já chegou a ficar presa por causa de suas declarações, como também o digital Influencer Allan dos Santos e Bernardo Kuster também tiveram as sua contas nas redes sociais, como alvos do ministro.
Até mesmo contas internacionais do Facebook foram objetos de ação do ministro.
O Facebook condena e chama a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal de “extrema”.
A empresa foi multada em R$1,9 milhão e seu diretor no Brasil foi intimado pela Justiça. Usuários da redes sociais tem compartilhado diversas postagens nas quais consideram a atitude do ministro como um “atentado à liberdade de expressão”.