Homem fura garganta ao engolir osso de asinha de frango supostamente desossada
O acúmulo de comida causou um ataque cardíaco, obrigando-o a passar por cirurgias para limpeza da caixa torácica e reparo do esôfago
Por Plox
06/08/2024 18h34 - Atualizado há cerca de 1 mês
Michael Berkheimer, um americano, enfrentou sérios problemas de saúde após comer uma asinha de frango supostamente desossada. Em 2016, ele engoliu inadvertidamente um osso de 4 centímetros que perfurou seu esôfago, resultando em várias complicações. Berkheimer não percebeu a presença do osso e só procurou ajuda médica dias depois, quando começou a sentir febre intensa.
Série de complicações de saúde
Os exames de imagem revelaram que um osso estava perfurando sua garganta, fazendo com que os alimentos ingeridos caíssem diretamente na cavidade torácica. Isso levou ao acúmulo de comida e bactérias ao redor de seu coração e pulmões. "Um bolo de comida e de bactérias havia se formado perto do meu coração e já tinha o tamanho de uma bola de tênis. Aquilo me traumatizou para sempre", relembrou Michael, ex-treinador de hóquei, em entrevista à Fox19.
O acúmulo de comida causou um ataque cardíaco, obrigando-o a passar por cirurgias para limpeza da caixa torácica e reparo do esôfago. Berkheimer ficou hospitalizado por dois meses e ainda sofre com consequências, como capacidade pulmonar reduzida.
Processo judicial e decisão controversa
Após o incidente, Michael processou o restaurante que lhe vendeu a asinha como desossada. No entanto, a decisão judicial, anunciada em 31 de julho, absolveu o estabelecimento. O tribunal do estado de Ohio, em uma decisão apertada de 4-3, aceitou o argumento de que "desossado" poderia ser considerado apenas uma técnica de cozimento, e não necessariamente um tipo de carne sem ossos.
Debate sobre termos culinários
As asinhas de frango que Michael comprou eram, na verdade, uma espécie de nugget preparado de forma artesanal pelo restaurante. A defesa do restaurante argumentou que nomes fantasia, como "dedos de frango" (chicken fingers), não precisam ser representativos do que realmente será servido. A decisão judicial trouxe à tona o debate sobre a clareza e precisão dos termos usados pelos restaurantes para descrever seus pratos.