Continua julgamento de acusados pela morte de Caio Domingues; esposa e comparsa são réus
Julgamento segue em Timóteo; Ministério Público aponta crime motivado por dívida e seguro de vida, com promessa de R$ 10 mil ao executor
Por Plox
06/08/2025 19h16 - Atualizado há 2 dias
Após mais de oito horas desde o início do julgamento, as audiências sobre o assassinato de Caio Campos Domingues ainda seguem no Tribunal do Júri, em Timóteo, nesta quarta-feira. No centro das acusações estão Luith Silva Pires Martins, esposa da vítima, e João Victor Bruno Coura de Oliveira, acusado de executar o crime. O Ministério Público, representado pelos promotores Frederico Duarte Castro e Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, sustenta que Luith foi a mandante do homicídio, arquitetado em parceria com João Victor em troca de uma promessa de R$ 10 mil. A reportagem do PLOX acompanha ao vivo os desdobramentos do caso diretamente do Fórum Doutor Geraldo Perlingeiro de Abreu.
Segundo a denúncia, o crime ocorreu no dia 4 de abril de 2023, na zona rural de Jaguaraçu. A motivação estaria relacionada a problemas financeiros enfrentados por Luith, que possuía diversas dívidas e teria planejado a morte do marido para se apropriar de seus bens e do valor do seguro de vida. João Victor, com quem a acusada mantinha contato havia cerca de seis meses, teria aceitado a proposta para executar o assassinato.

O Ministério Público descreve o crime como cometido com motivo torpe e mediante recompensa, além de ter sido praticado com dissimulação e emboscada. Caio foi surpreendido dentro de seu carro, ainda com o cinto de segurança, quando foi alvejado por disparos de arma de fogo feitos por João Victor. Conforme apontado, Luith teria dirigido o veículo até o local do crime, onde João Victor aguardava escondido. Após os disparos, ela teria ajudado na fuga do atirador e retornado depois para simular um socorro à vítima.
A fim de disfarçar o homicídio e fazer parecer um latrocínio, os acusados também combinaram o roubo forjado de uma bicicleta que estava na traseira do carro. Em seu primeiro depoimento à polícia, Luith relatou que ela e o marido teriam sido vítimas de um assalto, versão que foi desmentida pelas investigações.

Além da acusação de homicídio qualificado, João Victor responde também por posse irregular de arma de fogo. A arma usada no crime foi localizada pela polícia em sua residência no dia seguinte ao homicídio.
O processo tramita na Vara Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Timóteo. Se condenados, os réus poderão receber penas que variam entre 12 e 30 anos de prisão apenas pelo homicídio, com acréscimo de pena pelo crime de porte ilegal de arma.
