Lula descarta diálogo imediato com Trump sobre tarifas

Presidente critica postura de Trump e afirma que não fará contato enquanto não sentir disposição ao diálogo

Por Plox

06/08/2025 16h27 - Atualizado há 2 dias

As recentes tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros provocaram forte reação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nesta quarta-feira (6/8), data em que as medidas entraram oficialmente em vigor, Lula foi questionado sobre a possibilidade de entrar em contato diretamente com o presidente norte-americano, Donald Trump, para tentar reverter o chamado tarifaço.


Imagem Foto: Agência Brasil


Apesar de afirmar que não descarta um diálogo, o presidente brasileiro foi enfático ao afirmar que, neste momento, não vê disposição para conversas por parte do governo dos EUA. Em entrevista concedida à agência Reuters, Lula explicou que está atento ao cenário, mas segue sua intuição sobre o momento certo para agir.
“No dia em que minha intuição disser que Trump está pronto para conversar, não hesitarei em ligar para ele”, afirmou. “Mas hoje minha intuição diz que ele não quer conversar. E eu não vou me humilhar”, frisou o presidente.


O governo brasileiro já tomou medidas diante do impacto causado pelas novas tarifas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que um plano para enfrentar os efeitos econômicos do tarifaço já está em elaboração e deve ser entregue ainda hoje a Lula. A equipe do governo também conta com a participação do vice-presidente Geraldo Alckmin e de outros ministros para desenvolver ações que possam mitigar os prejuízos ao setor produtivo nacional.



Além disso, o Brasil acionou oficialmente a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas aplicadas pelos Estados Unidos. Segundo Haddad, a principal preocupação do Planalto é com os pequenos produtores brasileiros, que serão os mais afetados pelas novas barreiras comerciais.


A tensão entre os dois países cresce em meio ao cenário eleitoral norte-americano, no qual Donald Trump mantém uma postura mais agressiva nas relações comerciais. Enquanto isso, o governo brasileiro busca alternativas diplomáticas e econômicas para enfrentar o impacto das decisões vindas da Casa Branca.


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