Moraes autoriza visitas de familiares a Bolsonaro durante prisão domiciliar

O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu nesta quarta-feira, 6 de agosto, a autorização para receber visitas de seus familiares enquanto cumpre prisão domiciliar em Brasília. A medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por relatar o inquérito que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.

Foto: Reprodução

Segundo o despacho judicial, filhos, netos, netas e cunhadas de Bolsonaro estão liberados para entrar na residência do ex-presidente sem a necessidade de comunicar previamente o STF, desde que respeitem as condições já estipuladas anteriormente pela Corte.

Essa decisão de Moraes representa uma resposta parcial a um pedido da defesa do ex-presidente. A liberação aconteceu após uma manifestação da Polícia Federal dentro do inquérito em andamento. Ainda assim, outras visitas continuam condicionadas à autorização do Supremo.

A prisão domiciliar foi decretada no último dia 4, dois dias antes da nova decisão, após Moraes constatar que Bolsonaro havia descumprido restrições previamente impostas, entre elas o uso de redes sociais e a comunicação indireta por meio de terceiros. A violação foi caracterizada quando os filhos do ex-presidente publicaram imagens em que ele aparecia conversando com apoiadores, durante manifestações favoráveis a ele ocorridas no domingo, 3 de agosto.

Apesar de a medida flexibilizar o isolamento familiar, Bolsonaro permanece proibido de conceder entrevistas, realizar ligações, manter contato com outros investigados ou utilizar qualquer rede social.

\"Filhos, netos, netas e cunhadas poderão visitar Jair Bolsonaro sem necessidade de prévia comunicação ao STF\", determinou Moraes

A decisão também reforça que todas as demais restrições impostas continuam válidas, e eventuais novas violações poderão agravar sua situação perante a Justiça.

Com a nova permissão, a rotina na casa do ex-presidente muda parcialmente, permitindo a presença de seus entes mais próximos, mas mantendo o controle rígido sobre suas interações externas.