Policial penal se ausenta sem autorização antes de colega ser morto em hospital de BH e pode responder por homicídio
Servidor deixou a escolta de um detento sem aviso, antes do assassinato do colega durante plantão no Hospital Luxemburgo
Por Plox
06/08/2025 14h23 - Atualizado há 2 dias
O desaparecimento de um policial penal, logo após a morte do colega durante uma escolta hospitalar, tornou-se um dos principais focos das investigações conduzidas pela Polícia Civil e pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp).

Euler Oliveira Pereira Rocha, policial penal, foi morto dentro do Hospital Luxemburgo, em Belo Horizonte, na madrugada de domingo (3/8), enquanto realizava a escolta do preso Shaylom Cristian Ferreira Moreira, de 24 anos. O assassino, que estava sob custódia, conseguiu cometer o crime durante o plantão — momento em que Euler estava sozinho no local, após o colega de serviço ter abandonado o posto horas antes.
De acordo com a Sejusp, a ausência do segundo policial penal foi registrada após as 20h30 de sábado (2/8), quando uma equipe do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) confirmou a presença de ambos os servidores durante fiscalização. O servidor deixou o hospital sem qualquer aviso ou justificativa, e desde então, não foi mais visto nem retornou ao trabalho.
O comportamento do policial penal desaparecido gerou suspeitas e levou a Polícia Civil a considerá-lo possível coautor do assassinato, por ter deixado o colega sem apoio durante a escolta. O inquérito ainda está em andamento, mas ele pode ser indiciado por homicídio, caso se comprove que sua omissão contribuiu para o crime.
Paralelamente, a Sejusp instaurou um procedimento interno para apurar a conduta do servidor. A pasta reforçou que a escolta hospitalar deve sempre ser feita por dois policiais penais, conforme protocolo, justamente para garantir a segurança da equipe e da operação. A Corregedoria acompanha o caso, enquanto aguarda que o servidor se apresente para prestar esclarecimentos.
O corpo do policial penal Euler foi sepultado na segunda-feira (04/08), no distrito de Justinópolis, em Ribeirão das Neves, sob comoção de familiares, amigos e colegas de trabalho.