Homem preso por quase cinco décadas, é inocentado após teste de DNA
Novos exames de DNA revelam erro judiciário na condenação de Mack por estupro em 1975; é a condenação errônea mais longa revertida nos Estados Unidos pela Innocence Project
Por Plox
06/09/2023 11h09 - Atualizado há quase 2 anos
Leonard Mack, um homem de 72 anos que passou sete anos atrás das grades, foi declarado inocente quase 50 anos após sua condenação por estupro. Seu nome foi finalmente limpo graças a avanços em exames de DNA. Em 1975, em Greenburgh, Nova York, Mack foi preso após um incidente envolvendo o estupro de uma adolescente. Na época, a polícia estava à procura de um suspeito negro em uma área predominantemente branca.
A virada com a Innocence Project
A reviravolta no caso veio através da organização Innocence Project. Utilizando tecnologias que não estavam disponíveis em 1975, os exames de DNA "descartaram de forma conclusiva o senhor Mack como perpetrador e identificaram um agressor sexual condenado, que agora confessou o estupro", conforme mencionado pelo gabinete do promotor do condado de Westchester. Este caso é particularmente notável pois, segundo o gabinete do promotor distrital, é "a condenação errônea mais longa da história dos Estados Unidos conhecida pela Innocence Project a ser revogada por um exame de DNA".
Contexto de erros judiciais nos EUA
Os erros judiciais, infelizmente, não são incomuns nos EUA. O Registo Nacional de Exonerações revela que, desde 1989, 575 condenados foram absolvidos graças a novos testes de DNA. Deste número, 35 estavam no corredor da morte à espera de execução. Mesmo que os negros representem 13,6% da população americana, mais da metade das 3.300 pessoas cujas condenações foram anuladas entre 1989 e 2022 pertencia a este grupo racial. Uma estatística alarmante que destaca problemas sistemáticos no sistema judiciário.
Diante da exoneração, Leonard Mack expressou alívio em uma declaração: "Finalmente estou livre".