R$ 8,56 bilhões de valores esquecidos ainda podem ser resgatados antes que o governo use

Sistema de Valores a Receber do Banco Central ainda tem bilhões disponíveis para resgate por pessoas físicas e jurídicas; projeto aprovado no Senado autoriza uso dos recursos não sacados

Por Plox

06/09/2024 15h50 - Atualizado há 29 dias

O Banco Central (BC) informou nesta sexta-feira (6) que R$ 8,56 bilhões em valores esquecidos estão disponíveis para resgate por pessoas físicas, incluindo herdeiros de falecidos, e empresas. Os dados, referentes ao mês de julho, podem ser consultados no Sistema de Valores a Receber (SVR), serviço do BC que permite verificar se há quantias esquecidas em bancos, consórcios ou outras instituições financeiras.

Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil

 

Para consultar e solicitar o resgate dos valores, os interessados devem acessar o site oficial do Banco Central. A devolução dos recursos é facilitada por meio de uma chave PIX, que deve ser fornecida pelo solicitante. Na ausência da chave PIX, é necessário contatar diretamente a instituição onde o dinheiro está disponível para definir a forma de recebimento. No caso de valores pertencentes a pessoas falecidas, apenas herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais podem fazer a solicitação, mediante preenchimento de um termo de responsabilidade.

Além de disponibilizar os valores para os titulares, o governo federal poderá, em breve, usar esses recursos para ajudar a equilibrar as contas públicas. Um projeto já aprovado no Senado autoriza o repasse de valores não reclamados ao Tesouro Nacional. Essa medida visa compensar as perdas arrecadatórias decorrentes da desoneração parcial de setores e prefeituras, conforme o projeto de autoria do senador Jaques Wagner, que destaca o esforço conjunto entre o Senado e o Ministério da Fazenda, com a colaboração do ministro Fernando Haddad.

O governo tem buscado alternativas para alcançar a meta de déficit zero nas contas públicas, como previsto no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024. Para que a medida entre em vigor, o projeto ainda precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados. Caso aprovado, os recursos não sacados por seus titulares poderão ser usados para ajudar a reduzir o rombo orçamentário deste ano.

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