Ministro fala em defesa nuclear e depois recua em declaração
Alexandre Silveira citou riscos internacionais e sugeriu debate futuro sobre uso da energia nuclear no Brasil
Por Plox
06/09/2025 13h26 - Atualizado há 3 dias
'arroubos internacionais muito graves'
, o que exige atenção especial do país.

Silveira destacou que, pela dimensão territorial e pelas riquezas naturais que possui — como 11% da água doce do planeta, solo fértil, clima tropical e vastas jazidas minerais —, o Brasil deveria considerar a tecnologia nuclear também sob a ótica da proteção nacional. Ele lembrou, no entanto, que a Constituição restringe o uso dessa energia a fins pacíficos, ainda que tenha mencionado a possibilidade de o Congresso Nacional, em algum momento, rever esse entendimento.
Atualmente, apenas nove países detêm oficialmente armas nucleares: Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França, Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte.
Após a repercussão da fala, o ministro divulgou uma nota por meio do Ministério de Minas e Energia, atenuando o tom. O texto ressalta que ele é 'jurista e pacifista' e reafirma que, no Brasil, a energia nuclear tem finalidade exclusivamente voltada à geração de eletricidade limpa e à medicina nuclear.
A manifestação explica que a especulação surgiu após uma resposta improvisada a jornalistas sobre soberania nacional e recursos estratégicos. No esclarecimento, o ministério ressaltou que, em um cenário futuro e hipotético, caberia ao povo e ao Congresso debater como preservar a soberania nacional, ressaltando que hoje essa garantia é assegurada pela liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.