Operação desmonta fábricas de remédios falsificados em Minas e Goiás

Uma operação policial fechou quatro fábricas clandestinas de remédios para emagrecer em Minas Gerais e Goiás. Os laboratórios ilegais usavam até betoneiras, equipamentos típicos da construção civil, para misturar as substâncias que depois eram vendidas como se fossem naturais. No entanto, os laudos mostraram que os produtos continham compostos como sibutramina, fluoxetina, cafeína e metformina.

A ação, batizada de \"Panaceia\", foi conduzida pela Polícia Civil de Goiás, com apoio da corporação mineira. Ao todo, 29 pessoas foram presas em diferentes cidades: Uberlândia, no Triângulo Mineiro; Ji-Paraná, em Rondônia; além de Goiânia, Paranaiguara, Rio Verde, São Simão e Quirinópolis, em Goiás. Ainda assim, oito investigados não foram localizados e agora são considerados foragidos.

Durante o cumprimento dos 51 mandados de busca e apreensão, os policiais também sequestraram 64 veículos e 63 imóveis ligados à quadrilha. Segundo o delegado Márcio Henrique Marques de Souza, a investigação começou após a constatação de que os medicamentos estavam sendo enviados pelos Correios.

“Foi feita apuração com resultados de laudos da Polícia Científica, que mostraram que continham amostras de sibutramina, fluoxetina, cafeína e metformina”, explicou.

Os suspeitos, conforme a polícia, formavam uma organização criminosa estruturada, responsável por produzir, adulterar e comercializar os remédios em diversos estados. As apurações também indicam que o grupo utilizava um esquema financeiro para disfarçar o lucro obtido, comprando bens incompatíveis com a renda declarada e movimentando quantias em várias contas bancárias.

Agora, os detidos deverão responder por falsificação de medicamento e associação criminosa. As investigações continuam para identificar a participação dos foragidos e ampliar o entendimento sobre a atuação da quadrilha.