Ex-prefeito multado por destruição de pequizeiros em Minas Gerais

Ação ilegal leva à penalidade de R$ 85 mil e apreensão de lenha após corte de árvores protegidas

Por Plox

06/11/2023 13h50 - Atualizado há 12 meses

Gilson Santiago Aranha Júnior, fazendeiro e ex-prefeito, enfrenta penalidades severas após ser flagrado em ato de desmatamento em Várzea da Palma, no norte de Minas Gerais. O vídeo que circulou nas redes sociais, expondo o corte ilegal de 142 pequizeiros, levou à sua identificação e consequente autuação pelas autoridades ambientais.

Foto: centraldocerrado.org/divulgação

Ação Rápida das Autoridades A Polícia Militar de Meio Ambiente, após tomar conhecimento do caso, realizou inspeções na fazenda Curumataí e constatou a remoção não só dos pequizeiros, protegidos por lei, mas também de outras 326 árvores. A operação resultou na aplicação de multas e na suspensão de qualquer atividade de corte na área.

Confirmação e Negação Enquanto vizinhos da fazenda forneciam informações sob anonimato, temendo represálias, Gilson Santiago, por um lado, confirmou por telefone à PM ser o dono da propriedade e, por outro, negou à imprensa ter relação com o terreno. O caso abre precedentes para ações judiciais, dadas as violações das normas ambientais vigentes.

Importância Cultural e Econômica do Pequizeiro O pequizeiro, árvore nativa do Cerrado e cujo fruto é essencial na culinária regional e na economia local, é considerado imune ao corte desde 2012. A safra de pequi é um momento aguardado por muitos na região, e a prática de extrativismo é crucial para a subsistência e renda de diversas famílias.

Contradições e Consequências Gilson Santiago Aranha Júnior, também ex-candidato a deputado estadual, enfrenta agora as repercussões de suas ações. A multa de R$ 85 mil é um reflexo direto do valor atribuído à preservação ambiental e da seriedade com que tais infrações são tratadas no Brasil.

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