Homem que matou namorada na frente da filha é condenado a 56 anos de prisão no Vale do Aço

Tribunal do Júri de Ipatinga sentencia Arnaldo Nunes Gomes pela morte de Nayele Cristine Rodrigues, em crime motivado por ciúmes

Por Plox

06/11/2024 18h33 - Atualizado há 3 meses

O réu confesso Arnaldo Nunes Gomes, de 28 anos, recebeu uma sentença de 56 anos e 8 meses de prisão em regime fechado após ser condenado pelo assassinato da namorada, Nayele Cristine Rodrigues, de 24 anos. O feminicídio, ocorrido em 7 de abril de 2023, no bairro Cidade Nova, em Santana do Paraíso, chocou a comunidade do Vale do Aço pela brutalidade e por ter sido cometido na presença da filha da vítima, de quatro anos na época. 

Foto: Redes sociais

 

O réu foi julgado pelo Tribunal do Júri nesta quarta-feira (6), em Ipatinga. O promotor de justiça Igor Citeli Fajardo Castro atuou no julgamento, e os jurados consideraram a gravidade dos atos cometidos pelo réu, resultando na condenação máxima para o caso.

 

Homicídio qualificado e tentativa de explosão

Segundo a assistente do promotor Igor Citeli Fajardo Castro, da 11ª Promotoria, Lívia Azevedo de Jesus, os jurados reconheceram a autoria do crime de homicídio quadruplamente qualificado: motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Além disso, o réu foi condenado por um crime conexo relacionado à exposição de perigo de explosão. Segundo as investigações, Arnaldo cometeu o assassinato movido por ciúmes, acreditando que Nayele pudesse estar envolvida em uma traição.

 

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Ações brutais e premeditadas

Durante o crime, Arnaldo desferiu golpes de faca contra Nayele e, em seguida, lançou um botijão de gás contra a cabeça da vítima. Não satisfeito, ele ainda cortou a mangueira do botijão e a posicionou perto do rosto de Nayele na tentativa de asfixiá-la. Posteriormente, pegou uma pedra de granito de uma mesa próxima e a jogou sobre o corpo da jovem. Esse conjunto de ações reforçou a acusação de uso de meios cruéis e da intenção de dificultar qualquer chance de defesa por parte da vítima.

 

 

Filha da vítima presenciou o início do crime

Outro detalhe que aumentou a comoção em torno do caso foi a presença da filha de Nayele, que tinha apenas quatro anos na época e estava no local no início do ataque. Ainda segundo a assistente da promotoria de justiça, a criança, que presenciou parte do ato violento, foi retirada da cena por uma vizinha, evitando que acompanhasse todo o desenrolar do crime. A situação destacou o impacto psicológico adicional do caso, aumentando a gravidade e a carga emocional envolvida no julgamento.

 

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Tentativa de fuga frustrada

Após o homicídio, Arnaldo tentou fugir pela laje da casa de um vizinho, mas, ao acessar o terceiro piso, caiu e foi imediatamente preso pelas autoridades. Esse detalhe reforçou a tentativa de escapar da responsabilização pelo crime, mas ele foi rapidamente detido, garantindo que enfrentasse o Tribunal do Júri.


 

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