A Polícia Federal realizou na manhã desta quinta-feira, 6 , a Operação Exodus na região do Vale do Aço, em Minas Gerais, com o objetivo de combater a promoção de migração ilegal para os Estados Unidos.

Esquema envolvia agenciamento e lavagem de dinheiro

Durante a operação, os policiais federais cumpriram dois mandados judiciais de busca e apreensão, além de medidas de sequestro e bloqueio patrimonial. A investigação tem como alvo a desarticulação de um núcleo criminoso suspeito dos crimes de promoção de migração ilegal, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Segundo a apuração, o grupo coordenava a saída clandestina de pelo menos 38 pessoas do Brasil, utilizando principalmente a rota pelo México para a travessia irregular aos Estados Unidos. Os criminosos cobravam cerca de R$ 60 mil por migrante, totalizando um lucro estimado em R$ 2,2 milhões.

Divisão de tarefas e movimentação financeira suspeita

O funcionamento da organização era estruturado, com divisão de tarefas entre o agenciamento dos interessados, a logística da viagem e a movimentação financeira.

As análises mostraram transações financeiras incompatíveis com a renda dos investigados, além da aceitação de veículos como forma de pagamento, estratégia usada para mascarar a origem ilícita do dinheiro.

Significado da operação e impacto local

O nome da operação, Exodus, faz referência ao termo em inglês para êxodo e simboliza a saída em massa de pessoas. No contexto da investigação, o termo representa o fenômeno de dezenas de brasileiros que deixaram o Vale do Aço rumo aos Estados Unidos por rotas ilegais, mediante pagamento a atravessadores.