Iceberg gigante, maior que São Paulo, começa a se mover na Antártida após 30 anos

O 'megaberg' A23a, preso ao fundo do mar por décadas, agora avança pelo oceano antártico

Por Plox

06/12/2023 16h06 - Atualizado há 9 meses

O iceberg conhecido como A23a, um dos maiores já registrados, recentemente começou a se movimentar na Antártida, após permanecer preso ao fundo do oceano por 30 anos. Com uma área de 3.990 km², aproximadamente duas vezes e meia maior que a cidade de São Paulo, esse evento monumental foi detalhadamente reportado pelo R7, com informações adicionais da Reuters.

 

Deslocamento do A23a A23a, apelidado de "megaberg" devido ao seu tamanho colossal, desprendeu-se originalmente da plataforma de gelo Filchner em 1986. Desde então, manteve-se relativamente estável, até se desprender novamente no final de novembro. Pesquisadores do British Antarctic Survey (BAS), que administram bases do Reino Unido no continente antártico, estão acompanhando de perto a trajetória do iceberg. Andrew Meijers, líder científico de missões polares do Reino Unido, expressou admiração ao ver o A23a pessoalmente, destacando a raridade e a singularidade deste evento.

Impacto Ambiental e Pesquisas Este fenômeno não apenas oferece um espetáculo visual impressionante, mas também serve como um importante objeto de estudo para entender as mudanças climáticas aceleradas. Além de filmar o deslocamento do iceberg, os pesquisadores estão coletando amostras de gelo para analisar e registrar as variações climáticas. O evento, até o momento, é considerado normal dentro do ciclo de vida dos icebergs na região antártica.
Consequências para a Biodiversidade A movimentação do A23a ocorre em um contexto onde o ecossistema marinho da Antártida, um dos mais ricos em biodiversidade do planeta, enfrenta ameaças crescentes. O aumento do nível do mar, consequência das mudanças climáticas, põe em risco diversas espécies, incluindo o pinguim-de-Adélie, que habita a região. Este evento reforça a urgência de estudos e medidas para preservar a biodiversidade antártica e entender melhor os impactos do aquecimento global.

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