Ipatinga, um dos principais centros urbanos de Minas Gerais, registrou um total de 4.020 acidentes de trânsito em 2023, marcando uma leve estabilidade em relação ao ano anterior, que teve 4.122 ocorrências. Apesar dessa estabilidade, a cidade ocupa atualmente a oitava posição no ranking estadual de acidentes automobilísticos, atrás de cidades como Belo Horizonte e Uberlândia.

A análise detalhada dos dados revela que a maioria dos acidentes em Ipatinga, 83,34%, foram classificados como leves, enquanto 15,73% foram considerados graves. Colisões frontais, envolvendo apenas veículos automotores, se destacaram como as mais perigosas, com 742 casos registrados. Outros tipos comuns de acidentes incluíram colisões laterais e choques, com 908 e 1.132 casos respectivamente.

Os veículos mais envolvidos em acidentes foram automóveis (64,84%), seguidos por motocicletas (20,79%) e caminhões (4,37%). Interessantemente, os veículos de aprendizagem tiveram um baixo índice de acidentes, com apenas sete casos reportados durante o ano. Veículos alugados também tiveram participação significativa, com 3,98% dos acidentes.

Julho de 2023 se destacou como o mês mais violento em termos de trânsito, com 427 acidentes, enquanto janeiro foi o menos violento, com 292 ocorrências. A Avenida Selim José de Sales permanece como a via com o maior índice de acidentes na cidade.

O Delegado Gilmaro Alves Ferreira, do 12º Distrito Policial, enfatizou a necessidade de uma análise abrangente dos fatores que influenciam os índices de acidentes, como o número de veículos, infraestrutura viária, e comportamento dos motoristas. “Devido aos diversos fatores que podem influenciar, tais como o número de veículos em uma cidade, a infraestrutura viária, o comportamento dos motoristas, as condições meteorológicas, a iluminação nas vias, o desenho urbano e as condições dos veículos, entre outros. É crucial realizar um trabalho de conscientização dos motoristas para reduzir esses números, uma vez que isso certamente também impacta a saúde pública de uma cidade, dado que os atendimentos geralmente são conduzidos pelo sistema único de saúde”.