Advogado se confundiu ao dizer que Bolsonaro sabia de plano para matar Lula, diz Cid à Polícia Federal

Ex-ajudante de ordens afirma que ex-presidente não tinha conhecimento sobre o suposto plano de homicídio envolvendo Lula, Alckmin e Moraes.

Por Plox

06/12/2024 13h56 - Atualizado há 5 dias

O tenente-coronel do Exército Mauro Cid declarou à Polícia Federal (PF), nessa quinta-feira (5), que Jair Bolsonaro (PL) não tinha conhecimento de um suposto plano para assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSD) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A declaração foi dada durante seu 12º depoimento, como parte das investigações sobre possíveis crimes cometidos durante o governo Bolsonaro, no qual Cid atuou como ajudante de ordens.

De acordo com Mauro Cid, a menção ao envolvimento de Bolsonaro foi resultado de uma confusão de seu advogado, Cezar Bittencourt. 

Foto: Reprodução/Câmara Legislativa do Distrito Federal

Em entrevista à Globonews, no dia 22 de novembro, Bittencourt havia afirmado que o ex-presidente "sabia de tudo" sobre o plano de homicídio e a suposta tentativa de golpe de Estado. Contudo, após uma falha técnica durante a transmissão da entrevista, o advogado se retratou, negando a fala anterior.

Confusão sobre o depoimento

No depoimento mais recente, Mauro Cid alegou que seu defensor se confundiu e que a declaração inicial dizia respeito apenas à elaboração de uma minuta de golpe, e não a um plano de assassinato. O militar também afirmou desconhecer qualquer conspiração para atentar contra a vida de Lula, Alckmin ou Moraes.

As declarações de Cid têm ocorrido no contexto de sua colaboração premiada, que busca esclarecer sua participação e a de outros envolvidos em supostas irregularidades durante o governo Bolsonaro. Ele também confirmou que mantém os benefícios do acordo de delação.

 

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