Polícia prende influenciadoras conhecidas como 'Patricinhas do Tigrinho' em operação contra fraudes
Trio ostentava vida de luxo nas redes sociais enquanto recebia benefícios do Bolsa Família e promovia esquema de jogos fraudulentos
Por Plox
06/12/2024 15h56 - Atualizado há 5 dias
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagrou nesta sexta-feira (6) uma operação para desmantelar um esquema criminoso liderado por influenciadoras conhecidas como as “Patricinhas do Tigrinho”. Ana Carolina de Souza, Aline Tainara Barbosa dos Reis e Tawane Alexandra Silva dos Anjos foram presas em Luziânia, região do entorno do Distrito Federal. As três são acusadas de estelionato, exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro, além de receberem benefícios do Novo Bolsa Família, incompatíveis com a vida de ostentação exibida em suas redes sociais.
Luxo financiado por crimes
As influenciadoras ostentavam um estilo de vida luxuoso, compartilhando com seus milhares de seguidores imagens de roupas de grife, viagens internacionais, carros de luxo e imóveis de alto padrão. Segundo as investigações conduzidas pelo Grupo Especial de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Gepatri), esses bens eram financiados por meio de golpes envolvendo jogos de azar fraudulentos.
Os jogos, promovidos como oportunidades legítimas de ganho financeiro, eram apenas uma fachada. Os lucros divulgados pelas influenciadoras eram falsificados, criados para atrair novas vítimas. A cada cadastro realizado por seus seguidores, elas recebiam comissões que sustentavam sua vida de luxo.
Fraudes e irregularidades nos benefícios sociais
As investigações revelaram que, apesar da ostentação, as influenciadoras estavam cadastradas como beneficiárias de programas sociais voltados para famílias de baixa renda. Aline Tainara, por exemplo, recebeu R$ 750 mensais do Novo Bolsa Família até abril deste ano, o que evidencia a incompatibilidade entre sua renda oficial e o estilo de vida mostrado nas redes.
A operação cumpriu mandados de busca e apreensão em diversas localidades, incluindo Cristalina (GO), São José dos Campos (SP) e Luziânia (GO). A suspeita é de que o esquema seja ainda mais amplo, envolvendo outras pessoas e possivelmente novas modalidades de golpes.
Investigações em andamento
Com a prisão do trio, a PCGO busca aprofundar as investigações para identificar outros envolvidos e mapear a extensão do esquema de exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro. A operação não apenas expõe as irregularidades financeiras, mas também coloca em destaque o uso de redes sociais para manipular e enganar pessoas em busca de ganhos rápidos.