Filha de empresário preso cria entidade para auxiliar detidos e familiares envolvidos no 8/1

Associação liderada por Gabriela Ritter apoia envolvidos após eventos em Brasília

Por Plox

07/01/2024 08h55 - Atualizado há 12 meses

Em 8 de janeiro de 2023, durante um evento que se transformou na invasão dos Três Poderes em Brasília, Miguel Fernando Ritter, empresário gaúcho de Santa Rosa, foi detido no Palácio do Planalto. Sua filha, Gabriela Ritter, advogada e associada na empresa da família, mobilizou-se imediatamente em resposta à prisão de seu pai. Em uma jornada que a levou de Porto Alegre a Brasília, ela passou a representar os detidos e suas famílias, criando a "Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro".

 

Foto: Arquivo pessoal

A associação, presidida por Gabriela, tem como objetivo fornecer suporte financeiro, psicológico e médico a indivíduos e famílias afetados pelos eventos de 8 de janeiro. A iniciativa visa também a representar aqueles que, segundo Gabriela, foram "silenciados" pelos acontecimentos. Ela descreve seu pai, Miguel, como um homem idoso e correto, sem histórico criminal, destacando a injustiça das medidas cautelares impostas a ele, que incluem uso de tornozeleira eletrônica e restrições de deslocamento.

Gabriela rejeita a ideia de que os atos de 8 de janeiro poderiam ser classificados como tentativa de golpe ou associação criminosa armada. Ela enfatiza a ausência de armas entre os detidos, mencionando apenas a apreensão de objetos como estilingues e canivetes. Atualmente, Miguel Ritter, agora com 60 anos, aguarda julgamento em liberdade em sua cidade natal, após 210 dias de detenção.

Nas redes sociais, Gabriela Ritter tem demonstrado apoio e solidariedade aos detidos de 8 de janeiro, alcançando milhares de seguidores em suas contas pessoais e da associação. Enquanto nega intenções políticas imediatas, ela não descarta a possibilidade de uma futura candidatura, mencionando o interesse e apoio recebidos neste sentido.

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