Venezuela convida representantes do Brasil para posse de Maduro; Lula não estará presente

Embaixadora brasileira representará o país; PT e MST confirmam presença no evento

Por Plox

07/01/2025 20h41 - Atualizado há 4 meses

O governo venezuelano encaminhou um convite oficial ao corpo diplomático brasileiro para a cerimônia de posse de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela, marcada para a próxima sexta-feira (10). O convite, no entanto, não menciona diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já avisou que não participará do evento. A representação brasileira ficará a cargo da embaixadora do Brasil em Caracas, Gilvânia Maria de Oliveira.

Marcelo Camargo Agência Brasil

Relações diplomáticas estremecidas

Apesar da histórica proximidade entre Brasil e Venezuela, as relações entre os dois países enfrentaram tensões nos últimos anos, especialmente após as eleições presidenciais venezuelanas, cuja legitimidade foi amplamente questionada pela comunidade internacional. Na ocasião, o governo brasileiro decidiu não reconhecer a vitória de Nicolás Maduro, cobrando maior transparência no processo eleitoral.

Mesmo com o convite oficial para a posse, fontes diplomáticas confirmaram que Lula optou por não comparecer. A decisão reflete a postura cautelosa do governo brasileiro diante das controvérsias que envolvem o processo eleitoral venezuelano e suas consequências políticas.

PT e MST marcam presença na posse

Embora Lula esteja ausente, representantes do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) confirmaram participação na cerimônia em Caracas. O PT será representado por Camila Moreno, integrante da direção executiva nacional do partido, que também participará de uma reunião do Foro de São Paulo durante a viagem.

O partido reconheceu a vitória de Maduro um dia após as eleições, realizadas em 28 de julho, e reforçou a necessidade de diálogo com a oposição para enfrentar os desafios do país. Na época, o PT destacou que parte dos problemas da Venezuela estaria ligada a sanções internacionais consideradas "ilegais".

Já o MST será representado por João Pedro Stedile, membro da coordenação nacional do movimento, acompanhado de uma delegação com cerca de dez militantes. Eles já estão na Venezuela e devem participar de eventos relacionados à posse e a outras atividades locais.

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