Zema recusa convite de Lula e não comparecerá ao evento de 8 de janeiro em Brasília
A decisão foi confirmada por fontes do alto escalão do governo mineiro
Por Plox
07/01/2025 19h58 - Atualizado há 3 meses
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), optou por não participar do ato promovido pelo governo federal nesta quarta-feira (8), em Brasília, para marcar os dois anos dos episódios de 8 de janeiro de 2023. A decisão foi confirmada por fontes do alto escalão do governo mineiro.
Tendências políticas e posicionamento
O evento, organizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi planejado para reunir os presidentes dos Três Poderes e governadores de todo o país. Contudo, a ausência de Zema reflete uma tendência observada entre líderes políticos alinhados à direita, que demonstram resistência em comparecer à cerimônia.
No ano passado, Zema chegou a confirmar presença em um evento similar, mas recuou após pressões internas, principalmente de membros de seu partido, o Novo. A decisão de boicote ao ato também é compartilhada por outros governadores da direita, que argumentam que o evento pode ser utilizado como palanque político pelo presidente Lula.

Divergências sobre os atos de 8 de janeiro
Os episódios de 8 de janeiro de 2023 continuam gerando debates intensos entre os campos políticos do país. O governo petista e lideranças progressistas classificam os acontecimentos como antidemocráticos e defendem punições severas para os envolvidos e financiadores. Para eles, o episódio representou um grave atentado contra a democracia brasileira.
Por outro lado, lideranças da direita reconhecem os atos de vandalismo, mas criticam o que consideram ser excessos por parte do governo federal e do Supremo Tribunal Federal (STF) ao tratar do caso. As condenações, que em alguns casos ultrapassaram 20 anos de prisão, são alvo de duras críticas, e há movimentos dentro do espectro político da direita em defesa da anistia aos condenados.
Presenças confirmadas no evento
Entre as autoridades confirmadas para a solenidade está o ministro do STF Alexandre de Moraes, que desempenhou papel central no enfrentamento aos atos de 2023. À época, ele era presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e agora é o relator do inquérito que investiga o planejamento e a execução das invasões.