Brasil enfrenta aumento alarmante de dengue com mais de 10 Mil mortes em duas décadas
O salto no número de casos e mortes por dengue destaca a urgência de medidas de combate e prevenção, incluindo a recente inclusão de uma vacina no SUS
Por Plox
07/02/2024 07h19 - Atualizado há 11 meses
Nas últimas duas décadas, o Brasil testemunhou uma escalada dramática no impacto da dengue, com o Ministério da Saúde reportando mais de 16 milhões de casos prováveis e aproximadamente 10.027 mortes. Este aumento significativo, que viu o número de óbitos anuais subir de 19 em 2004 para 1.094 em 2023, ressalta a severidade da situação em estados como São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que lideram o triste ranking de incidências.
Atualizações Recentes
O início de 2024 já mostra uma preocupante continuidade desta tendência, com 243.720 casos prováveis identificados apenas nas primeiras semanas, ultrapassando o total de casos suspeitos de todo o ano de 2017. O aumento representa um alarmante 273% em comparação ao mesmo período do ano anterior, com o Distrito Federal, Minas Gerais, Acre e Paraná apresentando os maiores coeficientes de incidência. A situação levou ao decreto de emergência em saúde pública em pelo menos cinco unidades da federação, incluindo Distrito Federal e Acre.
Estratégias de Contenção
Diante deste cenário, esforços estão sendo intensificados para combater a proliferação do Aedes aegypti, vetor da doença. No Distrito Federal, por exemplo, o governo local tem trabalhado ativamente para eliminar criadouros do mosquito, em meio a uma campanha que também busca envolver a população no esforço de prevenção. Além disso, a triste história de uma menina de 7 anos, cuja morte por complicações da dengue hemorrágica evidenciou falhas no diagnóstico e tratamento, reforça a necessidade de vigilância e cuidado médico adequados.
Novidades na Vacinação
Uma luz no fim do túnel surge com a recente incorporação de uma vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS), com o primeiro lote de doses chegando em janeiro deste ano. Direcionada prioritariamente a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, além de idosos ainda pendentes de aprovação pela Anvisa, a vacina é um passo significativo na luta contra a doença. O Ministério da Saúde planeja iniciar a distribuição do imunizante a partir da segunda semana de fevereiro, focando em regiões de alto risco.