Moraes alerta que barrar revista íntima em presídios pode gerar rebeliões
Ministro do STF defende manutenção do procedimento durante julgamento sobre proibição
Por Plox
07/02/2025 11h00 - Atualizado há cerca de 1 mês
Durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (6), o ministro Alexandre de Moraes alertou que a proibição da revista íntima em presídios pode levar a uma série de rebeliões. Segundo ele, sem esse procedimento, os agentes penitenciários poderiam impedir as visitas, o que resultaria em grande insatisfação dentro das unidades prisionais.

Impacto nas visitas e risco de revoltas
Moraes destacou que as visitas são um fator essencial para a manutenção da ordem nos presídios e que qualquer restrição nesse sentido poderia gerar revoltas. Ele argumentou que, caso a revista íntima fosse proibida antes da instalação de scanners e raios-X, as visitas teriam que ser suspensas, o que poderia desencadear reações violentas dentro das penitenciárias.
– Vamos gerar uma proibição geral nas visitas até que sejam instalados scanners e raios-X. E, ao criar essa proibição, vamos ter uma sequência de rebeliões. Porque se tem algo que cria rebelião, é quando se perde a visita – declarou Moraes.
Divergência entre os ministros
A posição de Moraes se opõe à do relator do caso, ministro Edson Fachin, que defende o uso prioritário de equipamentos como detectores de metais, scanners e raios-X. Para Fachin, a revista íntima só deveria ser realizada caso algum desses métodos apontasse uma suspeita que justificasse a inspeção manual.
Julgamento adiado
Apesar das discussões, o julgamento sobre o tema foi adiado pelo STF e será retomado na próxima quarta-feira (12).