O custo da cesta básica em Belo Horizonte subiu novamente em janeiro, alcançando R$ 754,34. O aumento de 0,84% foi puxado principalmente pela alta do tomate (35,65%) e do café moído (16,84%), produtos essenciais no dia a dia das famílias. Com esse valor, a cesta já representa quase metade do salário mínimo, tornando-se um peso cada vez maior para os consumidores da capital mineira.

Especialistas apontam que a elevação dos preços é influenciada por fatores como a sazonalidade da produção agrícola, oscilações cambiais e custos logísticos elevados.

Inflação dispara na capital mineira

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em Belo Horizonte avançou 2,28% em janeiro, marcando uma aceleração significativa da inflação. Em dezembro, o aumento foi de 0,49%, o que demonstra um avanço expressivo. Além disso, na comparação com a quadrissemana anterior, a alta chegou a 1,87%, refletindo o impacto direto da inflação no custo de vida da população.

Venda de "café fake" preocupa mercado e consumidores

Enquanto o café moído registra alta de quase 17%, a indústria de torrefação enfrenta um novo desafio: a venda de produtos clandestinos conhecidos como “café fake”. Essas misturas de café com impurezas foram encontradas em supermercados de São Paulo e da região Sul do país.

Produzidos por empresas clandestinas e comercializados a preços muito inferiores aos cafés certificados, esses produtos representam um risco para a saúde dos consumidores e ameaçam a indústria formal. Entidades do setor alertam para a necessidade de maior fiscalização para combater essa prática.