Entenda a relação de Síndrome de Pica e pega-rabuda
A síndrome de Pica pode afetar qualquer pessoa em qualquer fase da vida
Por Plox
07/03/2023 13h26 - Atualizado há cerca de 2 anos
A síndrome de Pica, conhecida cientificamente como alotriofagia, é um distúrbio alimentar que se caracteriza pela ingestão de substâncias não comestíveis ou alimentos sem valor nutricional. Este transtorno é considerado grave, podendo até levar à morte, e tem despertado a curiosidade de muitos internautas sobre a origem do nome.

De acordo com Adriana Bacelo, nutricionista e pesquisadora da Fiocruz no Ceará, o nome popular da síndrome deriva do pássaro pega-rabuda, que é conhecido por comer praticamente tudo e coletar uma variedade de objetos para saciar sua fome e curiosidade.
Os hábitos alimentares deste pássaro inspiraram o nome da síndrome de Pica, uma vez que pacientes com o distúrbio relatam desejo de comer materiais não comestíveis, como tinta de parede, torrões de terra, pregos, entre outros.

A síndrome de Pica é considerada um sintoma de outra condição clínica, ao invés de ser a própria condição clínica, de acordo com a Associação Nacional de Distúrbios Alimentares dos Estados Unidos. Além disso, o distúrbio pode causar intoxicação e complicações, tais como obstruções do trato digestivo, intoxicação por chumbo, ou infecção parasitária.
O tratamento da síndrome de Pica envolve diferentes terapias comportamentais, como a terapia aversiva leve, a terapia comportamental, e o reforço diferencial. O objetivo é ensinar as pessoas a evitar comportamentos de pica, concentrando-se em outros comportamentos e atividades.
Segundo o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a síndrome de Pica pode afetar qualquer pessoa em qualquer fase da vida e é diagnosticada pelo hábito compulsivo de comer materiais não comestíveis ou sem valor nutricional.