A Escola Estadual Afonso Pena, localizada em Belo Horizonte, passará por uma restauração completa com um investimento de R$ 7 milhões. O edifício, tombado como patrimônio cultural do estado e do município, receberá melhorias estruturais e de acessibilidade para garantir conforto e segurança a estudantes e servidores. O projeto será conduzido pela Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias de Minas Gerais (Seinfra) e financiado pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG).

Foto: SEE-MG / Divulgação

Com previsão de início para agosto deste ano, a obra solucionará problemas como infiltrações, deterioração de pisos, portas e janelas, além de modernizar os espaços internos da escola. Durante o período de reforma, os cerca de 830 alunos, vindos principalmente dos bairros Taquaril, Alto Vera Cruz e Serra, além dos municípios de Sabará e Nova Lima, serão transferidos para um anexo da Escola Estadual Central para evitar prejuízos ao aprendizado.

A revitalização da Escola Estadual Afonso Pena faz parte de um conjunto de reformas promovidas pelo governo mineiro. Entre 2019 e 2024, 166 unidades de ensino já foram restauradas, com um investimento total de R$ 85,7 milhões. Outras instituições de ensino, como o Instituto de Educação de Minas Gerais, a Escola Estadual Paula Rocha, em Sabará, e o Palacete Santa Mafalda, em Juiz de Fora, também passaram por revitalizações recentemente.

Inaugurado em 1897, o edifício da Escola Estadual Afonso Pena foi originalmente projetado para servir como residência do Secretário de Estado do Interior. Em 1906, tornou-se o Primeiro Grupo Escolar de Belo Horizonte e, em 1914, foi renomeado como Grupo Escolar Afonso Pena. O tombamento do prédio ocorreu em 1983, pelo estado, e em 1994, pelo município, reforçando sua importância histórica para Minas Gerais.

O secretário de Estado de Educação, Igor de Alvarenga, destacou que a reforma atende a uma demanda antiga da comunidade escolar e que a identidade arquitetônica do prédio será preservada. “Nosso objetivo é manter a identidade do edifício e, ao mesmo tempo, oferecer mais conforto, segurança e acessibilidade”, afirmou. O recurso de R$ 7 milhões já está garantido no orçamento e pode ser ampliado, caso necessário.

Antes do início das obras, a escola será palco da 10ª edição da mostra “Modernos Eternos BH 2025”, evento cultural que ocorrerá entre 24 de junho e 20 de julho. Para os alunos, a expectativa é de melhorias significativas. “É gratificante estudar em uma escola que faz parte da história do estado, mas esperamos salas mais frescas e acessibilidade para os colegas com deficiência”, pontuou Maria Júlia Rodrigues, estudante do 9º ano.