Lula questiona alta do preço dos ovos e ameaça medidas drásticas

Presidente critica aumento nos alimentos e sugere interferência se solução pacífica não for encontrada

Por Plox

07/03/2025 18h17 - Atualizado há cerca de 1 mês

Durante uma visita a um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Campo do Meio, Minas Gerais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou preocupação com o aumento dos preços dos alimentos, em especial dos ovos. Lula destacou que, apesar das dificuldades enfrentadas pelo setor produtivo, o valor cobrado pelo produto tem subido sem uma justificativa clara.


Imagem Foto: Presidência


\"Eu quero encontrar uma explicação para o preço do ovo. A galinha não está cobrando caro. Eu não encontrei uma galinha pedindo aumento no ovo. A coitadinha sofre, ainda canta quando põe o ovo, mas o ovo está saindo do controle\", afirmou o presidente, sugerindo que a alta pode estar relacionada ao clima ou à exportação do produto.


O chefe do Executivo também mencionou que a inflação dos alimentos é um dos maiores desafios enfrentados pelo governo e que já estão sendo discutidas medidas para conter esse avanço. Segundo ele, uma reunião foi realizada no Palácio do Planalto com ministros e empresários do setor para buscar soluções. Lula enfatizou que a prioridade é garantir preços acessíveis para a população e, se necessário, o governo tomará medidas mais rigorosas.
\"Se a gente não encontrar uma solução pacífica, vamos ter que tomar uma atitude mais drástica. O que interessa é levar comida barata para a mesa do povo brasileiro.\"

Além dos ovos, o presidente citou outros itens que sofreram aumentos expressivos, como o café e o milho, ressaltando que a elevação dos preços não pode prejudicar o consumidor final. Lula também sugeriu que intermediários podem estar inflacionando os valores antes de os produtos chegarem às prateleiras. \"Entre o produtor e o consumidor deve ter muita gente que mete o dedo. E nós vamos descobrir quem é o responsável por isso, numa boa\", declarou.


O mercado financeiro tem observado as declarações do presidente com atenção, especialmente diante da possibilidade de restrições às exportações de produtos alimentícios ou da adoção de subsídios, medidas que poderiam impactar o setor e as contas públicas. Até o momento, uma das ações anunciadas pelo governo foi a isenção do imposto de importação para determinados alimentos, buscando reduzir a pressão sobre os preços.


Diante da crescente preocupação com a inflação dos alimentos, Lula reforçou que a solução deve equilibrar os interesses do consumidor e do produtor, garantindo que ambos sejam beneficiados sem prejuízos excessivos em nenhuma ponta da cadeia produtiva.


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