Operação em presídio de Minas Gerais visa combater circulação de drogas sintéticas

Autoridades intensificam esforços para apreender substâncias ilícitas, incluindo o perigoso "K9"

Por Plox

07/05/2024 10h58 - Atualizado há 11 meses

Na manhã desta terça-feira, o presídio Inspetor José Martinho Drumond, localizado em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte, foi cenário de uma intensa operação de segurança. A ação foi coordenada pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) e contou com a participação de mais de 200 policiais penais. O objetivo principal da operação era a apreensão de drogas sintéticas, popularmente conhecidas como drogas da família K, além de outros itens proibidos dentro da instituição.

Foto: Divulgação / Sejusp

A necessidade de uma operação dessa magnitude foi reforçada após a prisão de uma visitante no último fim de semana. Ela tentou entrar com mais de mil unidades de K4, cocaína, maconha e um celular. Esse incidente ressaltou a urgência de medidas rigorosas para combater a entrada de substâncias ilícitas na prisão.

 

Secretaria de Justiça alerta para os riscos das drogas K

Leonardo Badaró, diretor-geral do Depen-MG, sublinhou a importância da operação e destacou os programas de prevenção já em andamento, que têm reduzido a agressividade relacionada ao uso dessas substâncias. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) também enfatizou que essas ações são cruciais para interromper a distribuição das drogas K, que já foram associadas a diversos óbitos sob investigação.

Nos primeiros três meses de 2024, mais de 21 pontos de drogas K foram apreendidos em Minas Gerais. As autoridades explicam que o grande desafio está na natureza dos entorpecentes, que muitas vezes são borrifados em papel ou misturados em roupas, tornando sua detecção mais difícil.

Conhecidas pelo impacto severo no sistema nervoso, as drogas K são fabricadas em laboratórios clandestinos, tanto no Brasil quanto no exterior, e podem causar alucinações, convulsões e até a morte. A variante K2 é borrifada em papel, o K4 aplicado sobre tabaco, e a K9, misturada com outras drogas, ganhou o apelido de "supermaconha". Vigilância e operações são essenciais para mitigar os riscos associados à circulação dessas substâncias.

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