Política

Lula reúne ministros para discutir golpe no INSS, mas não anuncia ressarcimento

Encontro no Palácio da Alvorada abordou prejuízo de R$ 6,3 bilhões, mas governo adia divulgação de medidas para compensar vítimas

07/05/2025 às 11:07 por Redação Plox

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu, nesta terça-feira (6), com o presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, e cinco ministros de seu governo para tratar das consequências do escândalo de fraudes que envolvem o Instituto Nacional do Seguro Social. A reunião ocorreu no Palácio da Alvorada e teve como principal pauta o plano de ressarcimento aos aposentados e pensionistas prejudicados pelos descontos ilegais aplicados por associações e sindicatos.


Imagem Foto: Agência Brasil

O encontro, que durou cerca de três horas e meia, terminou sem qualquer anúncio oficial sobre o plano de compensação aos beneficiários do INSS. A estimativa é que os prejuízos causados pelo esquema cheguem a R$ 6,3 bilhões. Apesar das expectativas, não houve apresentação de medidas concretas por parte do governo.


Segundo informações da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), o governo deve divulgar os encaminhamentos da reunião nesta quarta-feira (7). No entanto, ainda não foi informado se haverá uma coletiva de imprensa para anunciar o conteúdo do plano de ressarcimento ou se ele será apenas detalhado por meio de nota oficial.


Mesmo diante da ausência de anúncio imediato, a Secom ressaltou que a viagem internacional do presidente Lula — que embarcou ainda na noite desta terça-feira (6) para compromissos oficiais na Rússia e na China, entre os dias 8 e 13 de maio — não impedirá o avanço das medidas voltadas ao ressarcimento.


O posicionamento oficial da Presidência é de que, após a aprovação final do plano por Lula, o material será encaminhado ao Conselho Nacional de Justiça, ao Ministério Público Federal e à Defensoria Pública da União para análise e possíveis encaminhamentos legais.


A demora em apresentar uma solução imediata para o caso tem gerado críticas por parte da oposição e de entidades de defesa dos aposentados, que esperam ações rápidas diante da gravidade do rombo e da vulnerabilidade das vítimas envolvidas.


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