Operação da PF mira advogados por fraudes em aposentadorias do INSS

Polícia Federal cumpre mandados no DF contra esquema que usava vínculos falsos e documentos fraudados para obter aposentadorias ilegais

Por Plox

07/05/2025 10h01 - Atualizado há 2 dias

A Polícia Federal iniciou nesta terça-feira (7) uma operação que visa desarticular um sofisticado esquema de fraudes responsável pela concessão ilegal de aposentadorias por meio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).


Imagem Foto: Agência Brasil


De acordo com as investigações, o grupo utilizava vínculos empregatícios simulados e documentos falsificados para viabilizar os benefícios, o que gerou um prejuízo estimado em R$ 56,6 milhões aos cofres públicos. Os crimes ocorreram entre os anos de 2014 e 2023, com risco de danos futuros que podem ultrapassar R$ 200 milhões.



A ação policial se concentrou no Distrito Federal, onde foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de bens dos envolvidos e a revisão dos benefícios concedidos de forma suspeita nesse período. A Coordenação de Inteligência Previdenciária do Ministério da Previdência foi responsável por identificar 232 benefícios irregulares vinculados ao esquema.



Segundo os investigadores, as fraudes eram viabilizadas por meio da transmissão extemporânea de GFIPs — Guias de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social — por empresas ligadas a contadores que também estão na mira das autoridades. Dois advogados figuram entre os principais suspeitos, sendo investigados por apresentarem documentos falsos em ações judiciais com o objetivo de assegurar os benefícios fraudulentos.



A operação ocorre em meio à crise institucional provocada por denúncias de cobranças indevidas nos contracheques de aposentados e pensionistas, situação que culminou na saída do então presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi. A instabilidade levou ainda à retirada do PDT da base de apoio do presidente Lula na Câmara dos Deputados.



Foram identificados 232 benefícios irregulares, com prejuízo estimado em R$ 56,6 milhões e risco de danos futuros superiores a R$ 200 milhões

, informou a Coordenação de Inteligência Previdenciária.
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