Controvérsia marca postagem de André Valadão sobre 'orgulho' e a comunidade LGBTQIA+

O pastor evangélico e cantor André Valadão tem enfrentado um turbilhão de críticas após realizar uma postagem polêmica na rede social Instagram, pertencente à Igreja Lagoinha. No último domingo, 5 de junho de 2023, Valadão fez uma postagem no Instagram divulgando o tema do culto que aconteceria naquela mesma noite. No entanto, a frase "Deus odeia o orgulho", que chamou a atenção no post, não se referia ao orgulho no sentido comum, mas sim ao Orgulho LGBTQIA+.

Após o culto, um vídeo foi publicado no perfil do pastor apresentando momentos de sua pregação. Entre as afirmações feitas por Valadão estava a de que membros da comunidade LGBTQIA+ deveriam se arrepender, alimentando o estigma de que a sexualidade é uma escolha e uma opinião pessoal.

Na mesma postagem que promovia o culto, Valadão sugeriu que aqueles que não revelaram sua sexualidade por razões variadas, como a desaprovação familiar ou o medo do desamparo, estariam de fato sofrendo as consequências da vergonha e do pecado.

Reações dos usuários da rede social foram diversas, enquanto alguns apoiaram a opinião do pastor, outros manifestaram indignação e alegaram que a postagem era homofóbica. Um dos comentários destacados incluía a marcação do Ministério Público de Minas Gerais e citava a lei nº 7.716/1989, que tipifica a homofobia como crime.

Esta não é a primeira vez que Valadão faz declarações controversas direcionadas à comunidade LGBTQIA+. A família Valadão já se viu envolvida em controvérsias relacionadas à homofobia antes. Ana Paula Valadão, irmã de André, foi criticada em 2016 por associar a AIDS a casais homossexuais durante um congresso transmitido online e na televisão. Em 2021, uma ação foi movida contra Ana Paula pelo Ministério Público Federal, culminando em uma indenização de 2 milhões de reais.

André Valadão também gerou polêmica em setembro de 2022, quando afirmou que a igreja não era lugar para gays. A publicação causou repercussão e foi excluída pouco tempo após ser postada.

A recente polêmica ocorre no mês de junho, reconhecido internacionalmente como o Mês do Orgulho LGBTQIA+. A escolha do mês remonta a 28 de junho de 1969, data do conhecido "levante" ou "revolta" de frequentadores do bar gay Stonewall Inn., em Greenwich, Nova York, um marco histórico para o movimento LGBTQIA+.