PC desmantela Comando Vermelho em Ipatinga; um segue foragido
Motivação de homicídio de um menor que deu início as investigações
Por Plox
07/06/2023 08h43 - Atualizado há cerca de 2 anos
Na manhã desta quarta-feira (7), o Chefe do Departamento de Polícia Civil, Gilmaro Alves Ferreira, o Delegado Regional, Thiago Alves Henriques e a Delegada de Polícia, Talita Martins Soares, concedem entrevista coletiva para detalhar os trabalhos realizados na operação "Red House", em Ipatinga, Minas Gerais, que atacou um braço do Comando vermelho, no Rio de Janeiro.
A operação resultou no cumprimento de oito mandados de prisão de cinco autores e 12 mandados de busca e apreensão, contando com a participação de 62 policiais civis.
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Segundo a Delegada Talita, as investigações iniciaram em abril do ano passado, em Santana do Paraíso-MG, e foi “uma investigação muito complexa". O homicídio de um menor deu início as investigações, pois, os executores faziam parte da quadrilha que atuava com o tráfico de drogas no bairro Bethânia.
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A organização criminosa foi intitulada de “Família BT16”, que atuava no bairro Bethânia, em Ipatinga, e teria dividido o bairro em quatro áreas, para realização das atividades criminosas. As quatro áreas são: PFB (Ponto Final do Bethânia); MDC (Morro do Cruzeiro); ADF (Área da Feira) e Graminha.
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Conforme as informações, o grupo se comunicava e organizava tudo através de um grupo no WhatsApp. Cada área tinha a atuação de um chefe e um subordinado. Conforme os relatos, o lucro da droga seria dividido em três partes iguais, sendo 1/3 para o traficante final, 1/3 para os líderes e 1/3 para o Comando Vermelho.

De acordo com os policiais civis, ao todo sete criminosos estão presos no Rio de Janeiro. Destes, um é de Belo Horizonte-MG, um de Coronel Fabriciano-MG, e cinco de Ipatinga-MG.
Um dos foragidos é conhecido como Maranhão, sendo natural do estado nordestino, mas estava morando em Ipatinga. Todos os presos no estado do Rio de Janeiro atuavam em Ipatinga. Eles teriam participado de um assalto a uma joalheria em Araruama-RJ e foram detidos. Os itens roubados na época, avaliados em aproximadamente R$ 100 mil, foram recuperados. A Polícia Civil informou que, ao todo, foram 31 pessoas indiciadas.
O líder da quadrilha foi identificado por esta investigação, como a pessoa responsável pela conexão entre a organização BT16 e o Comando Vermelho no Rio, o qual foi preso pela Polícia Civil e Militar no Rio de Janeiro, após envolvimento no roubo. Mesmo estando detido, ele continua comandando o tráfico no bairro Bethânia.

Além do tráfico de drogas, a quadrilha também era responsável por roubos na cidade e região. Os membros da organização possuíam códigos internos, ou regras para todos os participantes, e uma deles era o de destruir aparelhos celulares durante abordagens policiais, com objetivo de encobrir as ações criminosas que eram postadas em um grupo de rede social. O não cumprimento dessa regra era punida com assassinatos e torturas.
Crimes contra o patrimônio e homicídios são o foco da operação
A operação foi direcionada para combater delitos graves, como crimes contra o patrimônio e homicídios. A força-tarefa tinha como alvo uma organização criminosa específica, coligada ao Comando Vermelho do Rio de Janeiro, que vem atuando na região. O nome da operação, "Red House", faz alusão a essa relação. "Bethânia", que em hebraico significa casa, é o nome de um bairro local, e o "red" (vermelho em inglês) faz referência ao comando vermelho, indicando a presença e atuação desta organização criminosa no bairro.
