Hugo Motta cobra reforma e condena gastos descontrolados do Estado

Presidente da Câmara critica modelo atual e promete apresentar proposta administrativa em até 40 dias

Por Plox

07/06/2025 11h01 - Atualizado há 1 dia

Durante o segundo dia do Fórum Esfera, que reuniu personalidades da economia e da política nacional, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), trouxe à tona críticas contundentes ao atual modelo de funcionamento do Estado brasileiro. Segundo ele, o país vive um momento decisivo, em que será necessário optar entre adiar o inevitável ou enfrentar o inadiável.


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Em seu discurso, Motta afirmou que a máquina pública brasileira opera de forma injusta, insustentável e ineficiente. Para ele, quem mais sofre com isso são os trabalhadores e produtores, sobre os quais recaem os maiores encargos. “Estamos presos a um modelo que consome demais, entrega pouco e pesa cada vez mais sobre os ombros de quem realmente move a economia. A máquina pública engorda enquanto o cidadão emagrece. Isso é inaceitável”, disse.



O parlamentar fez uso de metáforas para ilustrar a sua crítica à estrutura estatal atual, comparando o modelo a uma costureira que tenta tapar buracos em um cobertor já desgastado. “A cada crise é um novo remendo. Mas o fio está acabando. Se nada for feito, essa costureira morre e leva o país junto. Temos um sistema fiscal que transfere problemas do presente para o futuro e pune o mais fraco”, declarou.
“Não é razoável que o Estado siga aumentando a própria barriga enquanto o brasileiro já apertou demais o cinto”

, completou.


Hugo Motta anunciou que, nos próximos 40 dias, pretende apresentar à sociedade uma proposta concreta de reforma administrativa. O plano, segundo ele, trará a incorporação de tecnologias utilizadas pela iniciativa privada, com o objetivo de tornar o serviço público mais eficiente e meritocrático. “É nossa principal missão: modernizar o Estado para garantir serviços melhores a custos menores”, destacou.


Além da reforma do funcionalismo público, o deputado revelou a intenção de discutir o corte de isenções fiscais que, segundo ele, vêm sendo concedidas sem critério e sem retorno real à sociedade. “Essas isenções atingiram um nível insustentável e não há controle sobre as contrapartidas. É uma conta que só cresce”, alertou. O tema será debatido com a equipe econômica do governo já neste domingo (08).



Por fim, Motta fez questão de ressaltar que o problema não se limita ao atual governo ou ao anterior. Trata-se, conforme ele, de uma questão estrutural que vem se acumulando ao longo dos anos. “Agora temos a obrigação de encarar essa agenda com seriedade”, concluiu.


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