Quadrilha mineira é presa por vender planos de saúde falsos
A forma de operação da quadrilha consistia em usar o nome de grandes empresas consolidadas no mercado de saúde suplementar, a fim de estabelecer contratos fraudulentos com suas vítimas
Por Plox
07/07/2023 14h00 - Atualizado há cerca de 2 anos
Na manhã de ontem, a Polícia Civil de Minas Gerais fez uma série de batidas policiais em vários bairros de Juiz de Fora, na região da Zona da Mata Mineira. O alvo dessas incursões, realizadas sob o nome de Operação Sanitas, era um grupo criminoso envolvido com a venda de planos de saúde falsificados, em pleno cenário pandêmico.
Os criminosos em questão se aproveitaram do clima de insegurança trazido pela pandemia do COVID-19, particularmente em seu auge no ano de 2021, para perpetrar o esquema. Naquele período, a doença estava causando estragos significativos, com a quantidade de mortes atingindo números recordes diários.

Modus operandi e vítimas do esquema
A forma de operação da quadrilha consistia em usar o nome de grandes empresas consolidadas no mercado de saúde suplementar, a fim de estabelecer contratos fraudulentos com suas vítimas. As autoridades informaram que a principal mentora desse esquema, uma mulher de 40 anos, era responsável por atrair clientes e vinculá-los à suposta operadora do plano de saúde.
Após este primeiro contato e a criação do vínculo inicial, a quadrilha emitia boletos bancários ou cobrava pagamentos via cartão de crédito, encaminhando esses fundos para contas bancárias próprias. As vítimas, ao receberem suas carteirinhas de plano de saúde, acreditavam na autenticidade do serviço contratado. No entanto, ao tentarem agendar consultas ou exames médicos, deparavam-se com a negativa das empresas de saúde, que alegavam falta de pagamento.
A Polícia Civil estima que o dano financeiro total causado aos clientes enganados ultrapassa a marca de R$ 1 milhão. Vale ressaltar que entre os investigados pela Operação Sanitas, há suspeitos com ligação ao tráfico de drogas.
Resultado da operação policial
Durante a ação policial, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão. Os agentes conseguiram apreender uma variedade de itens que servirão como provas no decorrer da investigação, incluindo celulares, notebooks, computadores e diversos documentos. Essas provas serão analisadas em detalhes para entender a extensão total deste esquema de fraude na saúde.