Deputado acusa Lula de interferência em assuntos estrangeiros
Filipe Barros critica presidente por contradições ao falar sobre soberania e ações fora do país
Por Plox
07/07/2025 22h48 - Atualizado há 1 dia
As redes sociais foram palco, nesta segunda-feira (7), de novas críticas dirigidas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desta vez feitas pelo deputado federal Filipe Barros (PL-PR). O parlamentar se manifestou após declarações do petista sobre soberania nacional, emitidas logo após Donald Trump defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No pronunciamento, Lula declarou que “a defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros” e enfatizou que o país “não aceita interferência ou tutela de quem quer que seja”. A frase, no entanto, serviu de combustível para Barros levantar episódios em que o presidente, segundo ele, teria agido de forma contrária ao próprio discurso.
O deputado apontou, por exemplo, a recente visita de Lula à Argentina, onde o presidente brasileiro não se encontrou com o atual chefe de Estado, Javier Milei. Em vez disso, Lula visitou a ex-presidente Cristina Kirchner, condenada pela Justiça, e defendeu sua liberdade. Barros classificou a atitude como uma interferência nos assuntos internos do país vizinho.
Na mesma linha, ele lembrou a concessão de asilo à ex-primeira-dama peruana Nadine Heredia, também condenada por corrupção. Segundo Barros, a decisão de Lula desrespeita a Justiça do Peru e foi além: “Mandou ainda o Uber da FAB trazê-la para o Brasil”, ironizou.
O histórico de Lula com apelos internacionais também foi relembrado por Barros, que citou a ida do então ex-presidente à Organização das Nações Unidas (ONU), em 2018, antes de sua prisão. Na ocasião, Lula pediu que fosse criado um “tribunal independente”, por não confiar na imparcialidade do Judiciário brasileiro.
Para o deputado, há uma contradição evidente entre o que Lula prega e o que pratica:
“Quando é para defender a companheirada (e a própria pele), Lula faz questão de meter o nariz na soberania alheia”
, afirmou.
As críticas surgiram após Trump sair em defesa de Bolsonaro, alegando que o ex-presidente brasileiro “não é culpado de nada, além de lutar pelo seu povo”, e acusar o Brasil de realizar uma “caça às bruxas”.
As declarações de Barros reforçam o tom crítico da oposição ao governo e reacendem debates sobre coerência e posicionamento internacional do atual presidente.