Implante contraceptivo será oferecido gratuitamente pelo SUS a partir do segundo semestre

Expectativa do Ministério da Saúde é atender meio milhão de mulheres ainda em 2025 com o Implanon, antes vendido por até R$ 4 mil

Por Plox

07/07/2025 19h00 - Atualizado há 8 dias

O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer gratuitamente, a partir do segundo semestre de 2025, um dos métodos contraceptivos mais eficazes e caros do mercado: o implante hormonal Implanon, cujo valor pode variar entre R$ 2.000 e R$ 4.000 na rede privada.


Imagem Foto: João Risi MS


A medida foi confirmada pelo Ministério da Saúde, que se prepara para publicar a portaria que oficializa a inclusão do método no rol de opções disponíveis nas unidades básicas de saúde. A previsão é de que 500 mil mulheres sejam atendidas até o final deste ano, com uma distribuição total de 1,8 milhão de dispositivos até o fim de 2026.



O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que o Implanon é simples de aplicar e tem duração de até três anos. Segundo ele, o implante é superior a outros métodos de prevenção da gravidez, como o Dispositivo Intrauterino (DIU) e as pílulas anticoncepcionais.
“Muito mais eficaz do que outras formas de prevenir contra a gravidez, como o DIO, muito mais eficaz do que pílulas, produto muito importante para a saúde das mulheres”

, afirmou Padilha.


O processo envolve não apenas a aquisição dos implantes, mas também a capacitação de profissionais da saúde em todo o país. A aplicação e a retirada do Implanon deverão ser feitas por profissionais qualificados. O ministério informou que, além da capacitação, haverá orientações específicas para os serviços de saúde sobre como proceder com a nova oferta.



A decisão foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), a partir de uma solicitação do próprio Ministério da Saúde. O investimento estimado é de R$ 245 milhões até 2026. Segundo a pasta, a iniciativa faz parte de uma estratégia para ampliar o acesso ao planejamento reprodutivo, promovendo mais autonomia e cuidado às mulheres brasileiras.



Com a publicação da portaria, as próximas etapas incluem a compra dos implantes, a logística de distribuição e a formação das equipes de saúde. A expectativa é de que os dispositivos comecem a ser aplicados já no segundo semestre de 2025, marcando um avanço significativo na política pública de saúde feminina.


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