Ipatinga amplia ações para acolhimento de pessoas em situação de rua

O município de Ipatinga deu mais um passo significativo na busca por soluções efetivas para a crescente população em situação de rua. Na manhã da última sexta-feira, 4 de julho, uma reunião intersetorial mobilizou representantes da sociedade civil, autoridades públicas e órgãos de proteção, como o Ministério Público, a Defensoria Pública e as polícias Civil, Militar e Municipal, com o objetivo de reforçar a assistência e desenvolver estratégias mais eficazes de acolhimento e reintegração social.

Durante o encontro, realizado na sede da Prefeitura, foram apresentados os serviços já disponíveis, como casa de acolhimento, alimentação, higiene, guarda de documentos, transporte para retorno ao local de origem com suporte logístico e social, além de atendimentos psicológico e social. No entanto, o foco agora é expandir essas ações com a criação de uma abordagem especializada, voltada a identificar cada indivíduo, compreender suas necessidades e oferecer soluções personalizadas.

Everton Campos, secretário de Governo, ressaltou a importância da mobilização conjunta para enfrentar esse desafio. Segundo ele, a sociedade, instigada pelo Ministério Público, está engajada na construção de um plano coletivo que envolva diferentes segmentos.

“Estamos tratando a questão com seriedade e responsabilidade, provocados pela sociedade e incentivados pelo Ministério Público a liderar esse movimento. Nosso objetivo é construir, de forma colaborativa, um plano de ação que envolva toda a comunidade”,

afirmou. Ele destacou a colaboração de moradores, lideranças comunitárias e religiosas, conselheiros municipais e comerciantes das nove regionais de Ipatinga.

O secretário de Comunicação, David Barroso, reforçou que o êxito do projeto está diretamente ligado ao compartilhamento de experiências e à escuta ativa das necessidades reais dessas pessoas. “A troca de experiências entre quem convive com essa realidade é essencial para definir os nossos passos. Enfrentar esse desafio exige estudo contínuo, aprimoramento dos serviços e, sobretudo, o envolvimento de toda a sociedade para criar uma política pública sólida e eficaz”, declarou.

Já Maria Júlia Bomfim, presidente do Conselho Comunitário de Segurança Pública (Consep VII), destacou que a iniciativa pode servir de modelo para outras cidades brasileiras. “A criação de uma rede de proteção robusta, com participação de todos os setores, é vista como um modelo que pode inspirar outras cidades brasileiras”, afirmou.

Convidando a população a contribuir ativamente com sugestões e apoio às ações, Elianderson Lima, diretor da Associação dos Moradores e Comerciantes do bairro Cidade Nobre (ASMOCIN), finalizou com um apelo:

“É hora de mobilização total. Essa é uma causa de todos. Só com o esforço coletivo conseguiremos transformar a realidade das pessoas em situação de rua e construir uma Ipatinga acolhedora e justa, o que já somos”

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