Professor da UFRJ se defende após polêmica com filha de Roberto Justus

O professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marcos Dantas, resolveu se pronunciar após se envolver em uma polêmica com a família do empresário Roberto Justus. Nesta segunda-feira (7), ele publicou uma carta aberta em sua conta na rede social X (antigo Twitter), onde defendeu-se da acusação de ter ameaçado a filha do apresentador.

A controvérsia começou após Dantas comentar uma imagem de Vicky Justus, de apenas 5 anos, exibindo uma bolsa avaliada em cerca de R$ 14 mil. Na legenda da foto, o professor escreveu a frase: “Só guilhotina…”, o que foi interpretado por muitos como uma ameaça e gerou forte indignação nas redes sociais. Diante da repercussão, a mãe da criança, Ana Paula Siebert, anunciou que tomaria medidas legais contra o autor da mensagem.

Na carta publicada nesta segunda-feira, o professor argumentou que sua expressão foi usada em tom metafórico, sem qualquer intenção ofensiva. Segundo ele, a frase fazia alusão simbólica à Revolução Francesa e seria uma crítica à desigualdade social.

“Era para ser, e continua sendo, uma simples metáfora… Uma referência simbólica a um evento dramático, mesmo trágico, que marcou para sempre a história da humanidade”

, escreveu.

Dantas também afirmou que não teve, em momento algum, a intenção de ameaçar ou atacar a família de Justus. “Nem de longe, em momento algum, passou pela minha cabeça fazer qualquer ameaça pessoal ao senhor, sua esposa ou sua filha. Isso seria um absurdo!”, declarou.

O docente demonstrou surpresa com a dimensão que sua fala tomou nas redes sociais. Ele explicou que considerava o comentário algo privado, mas que, ao se tornar público, causou reações inesperadas. Em sua carta, ele pediu desculpas à família pelo transtorno gerado: “Se por obra desses incontroláveis fatores próprios da internet, o post lhe chegou ao conhecimento e causou-lhe tantas e compreensíveis preocupações, peço sinceramente que me desculpe.”

Apesar das explicações, nem Roberto Justus nem Ana Paula Siebert comentaram oficialmente a carta até o momento. No entanto, no domingo anterior à publicação da carta, o casal havia divulgado um vídeo nas redes sociais, no qual afirmaram que pretendem acionar judicialmente não apenas o professor, como também outras pessoas que escreveram comentários ofensivos sobre a filha.

A situação segue gerando debates sobre os limites da liberdade de expressão e o papel das redes sociais na propagação de mensagens que podem ser interpretadas de maneira ambígua ou ofensiva.